Publicado em 25/02/2016 às 07:25, Atualizado em 26/10/2016 às 14:22
País asiático é o maior comprador de produtos agrícolas brasileiros
A China enfrenta uma das maiores crises econômicas dos últimos anos. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) local registrou a maior queda em 25 anos. Apesar desse fator, líderes do agronegócio acreditam que as vendas de carne bovina e de frango devem permanecer aquecidas.
Para Antonio Camardelli, presidente Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), desde a abertura do mercado chinês para a carne brasileira, em junho do ano passado, espera-se exportar para o país asiático de 15 mil a 20 mil toneladas mensais de carne bovina.
O presidente da entidade diz também que a meta da China, em reduzir os investimentos em infraestrutura, não deve trazer prejuízos ao setor brasileiro de carne bovina. A Abiec mantém as expectativas anunciadas do fim do ano passado, com relação à abertura de um escritório da entidade na China, face à magnitude daquele mercado. É, também, a oportunidade que teremos de acompanhar procedimentos e movimentos comerciais daquele grande mercado asiático, disse o executivo em entrevista à Sociedade Nacional da Agricultura (SNA).
Para este ano, a Abiec estima um faturamento com exportações de carne bovina para a China em US$1 bilhão.
Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) fez um panorama positivo da comercialização de carne de frango com os asiáticos. Nós embarcamos para a China 307,1 mil toneladas 35% a mais que no ano anterior. A China é o quarto maior importador de frango do Brasil, com 7,3% do total exportado pelo País.
Os números da suinocultura também foram expressivos. Foram exportadas para a China 5,2 mil toneladas, 520% a mais que no ano anterior. A China ainda representa uma pequena parcela das exportações de suínos (somente 1%, posicionando-se em 11° lugar), mas já dá mostras de que tende a incrementar seus embarques após a habilitação das novas plantas, destacou Turra.
As previsões do dirigente da ABPA para 2016 são favoráveis. Nossa expectativa é que tenhamos um cenário ainda mais favorável às exportações. As relações entre brasileiros e chineses caminham bem e são reforçadas pela confiança das autoridades e dos importadores na qualidade e no status sanitário do Brasil, finalizou.