A sete dias da abertura da Copa do Mundo, os policiais de Mato Grosso do Sul convocados para atuar em Cuiabá, uma das cidades-sede, já deixaram o Estado. Com a saída de parte do efetivo, as instituições começam a sentir o efeito do desfalque. A Polícia Federal praticamente parou no Estado por causa do envio de agentes para outros estados.
Algumas operam no limite, mas adotaram mecanismos para atuar até o fim da competição, no dia 13 de julho, enquanto outras mantém o alerta de que, principalmente a região de fronteira e a Capital, estarão expostas ao crime organizado.
Mesmo com a convocação de 115 dos 450 policiais, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) conseguiu manter todos os postos de fiscalização em funcionamento, garante o presidente do sindicato da categoria, Lúcio Nogueira.
Hoje, são 16 seis já estavam desativados antes do chamado da Fifa, por causa de reformas e a média diária de policiais foi mantida em três. O pessoal do administrativo foi deslocado para a fiscalização, com isso, conseguimos segurar a rotina, afirma Nogueira.
Na parte administrativa, o impacto, acrescenta, são pequenos atrasos que não devem prejudicar a população, na avaliação do presidente. Um recurso de multas, por exemplo, que antes era analisado em uma semana, vai levar de dez a 15 dias, mas o prazo legal é 30, ou seja, não haverá prejuízo.
PF - Da Polícia Federal, que conta com efetivo de 200 agentes no Estado, afirma o sindicato representativo, 160 profissionais foram convocados, quantidade que fez as cinco delegacias - de Corumbá, Dourados, Ponta Porã, Naviraí e Três Lagoas pararem.
Não se faz inteligência e investigação com 40 homens. Ontem estive em Dourados e Ponta Porã, e quem ficou só consegue fazer o plantão, porque não têm como fazer mais nada. Digam o que quiserem, mas o Estado está, sim, aberto para o crime, atesta o presidente do Sinpef/MS, Jorge Caldas, sobre a vulnerabilidade da faixa de fronteira. Ao Campo Grande News, o superintendente da PF afirmou que o planejamento para a Copa é realizado há meses e, por isso, não há risco.O Exército também enviou 1,1 mil militares para o Mato Grosso. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros também reforçam a segurança da Copa em Cuiabá, mas a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), ou a ACS associação que representa os cabos e soldados da PM e bombeiros não informam o efetivo.
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