O ataque a ônibus ocorrido em bairros de Campo Grande, entre a noite de ontem (13) e madrugada desta quinta-feira, ocorreu depois de revista e motim em pavilhão do Presídio de Segurança Máxima, em Campo Grande, onde cumprem penas integrantes de facções criminosas. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa feita no fim da manhã pelo comando-geral da Polícia Militar.
Três ônibus foram alvos de ações criminosas, nos bairros Aero Rancho, Campo Nobre e São Conrado. Nos dois primeiros casos, dois veículo, sendo um de transporte público e o outro de uso particular de igreja, foram destruídos em incêndio. No terceiro, incendiários jogaram gasolina no corpo de motorista e o ameaçaram de morte. No entanto, a vítima conseguiu fugir e, por isso, teve o veículo apedrejado.
MOTIVO
Conforme as informações divulgadas, os crimes ocorreram em represália a ações de enfrentamento que são desenvolvidas pelo sistema penitenciário do Estado de Mato Grosso do Sul. Presos estariam revoltados por causa da capacitação de agentes penitenciários para atuação com uso de armas de fogo e pela criação do Grupo de Intervenção Rápida, Contenção, Vigilância e Escolta (Girve) que conta com 120 servidores da área de segurança e custódia para desempenhar tarefas de intervenção rápida e contenção em momentos de crise e por ocasião de revistas de celas.
OS ATAQUES
Em começo de trabalhos, no fim da tarde de ontem, equipe do grupo especializado fez vistorias em um dos pavilhões do Presídio de Segurança Máxima, onde há cerca de 600 presos, entre eles integrantes de facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A ação de demonstração de força da segurança pública gerou revolta na massa carcerária que promoveu motim com bate grades, gritos e recusa em obedecer ordens, Mas, para o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, o comportamento rebelde não se tratou de um motim e sim de demonstração de insatisfação generalizada.
Não foi motim. Foi demonstração de insatisfação generalizada. Vamos continuar com procedimentos necessários para manter a ordem e disciplina. Também impedir o ingresso e permanência de coisas ilícitas dentro dos presídios, pontuou, garantindo que o confronto dos presos não intimida.
Durante o motim um preso, que estaria embriagado, ficou ferido ao bater a cabeça em uma cama quando era retirado de cela e três presidiários foram encaminhados à cela disciplinar porque se recusaram a cumprir ordens.
Depois do episódio dentro do presídio, criminosos aterrorizaram a noite na Capital. Dois ônibus foram queimados e outro apedrejado. Cinco pessoas apontadas de envolvimento nos crimes foram presas. Outro integrante do grupo ainda não foi encontrado e, segundo a polícia, ele seria o mentor dos ataques do lado de fora a mando de presidiários.
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