O Índice de Confiança do Comércio (Icec) registrou alta de 1,1% em março deste ano, em comparação a fevereiro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com março de 2015, a queda da confiança do setor chegou a 13,9%.
Para a CNC, a queda reflete a contínua retração do varejo, provocada pelo enfraquecimento do mercado de trabalho. Estimativas indicam que a taxa de desemprego média pode chegar a 12% este ano. No entanto, para a CNC, o recente movimento de valorização do câmbio pode favorecer os comerciantes.
Seguem ausentes indicativos de reversão no médio prazo, especialmente em função do desemprego e da queda na renda real dos consumidores, que influenciam as vendas, disse a economista da confederação, Izis Ferreira. Já o aumento mensal, segundo a CNC, é resultado da elevação do subíndice que mede as condições correntes, que chegou a 44,1 pontos, subindo 9% em relação a fevereiro.
A avaliação positiva da percepção dos comerciantes subiu 34,2% na comparação mensal.Na comparação anual, no entanto, há uma retração de 28,1% nesta avaliação positiva da percepção dos comerciantes. Para 92,9% dos varejistas, a economia piorou em março de 2016, disse a pesquisa. Segundo a pesquisa, 92,9% dos varejistas disseram que a economia piorou em março de 2016. Em fevereiro, esse percentual foi de 93,3% e, em janeiro, 94,4%.
A CNC estima que o volume das vendas do comércio em 2016 recue 4,2% no varejo restrito e 8,4% no varejo ampliado, que inclui os setores de automóveis e materiais de construção.
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