Publicado em 17/06/2014 às 14:17, Atualizado em 13/09/2024 às 19:15

Dólar fecha em alta e volta à casa dos R$ 2,25

G1,

O dólar fechou em alta frente ao real nesta terça-feira (17), acompanhando o movimento no mercado externo, em um pregão mais curto e de baixo volume de negócios devido ao jogo do Brasil contra o México na Copa do Mundo e com investidores preocupados com a política monetária norte-americana.

A moeda norte-americana subiu 0,86%, a R$ 2,2570 na venda. O giro financeiro ficou em cerca de US$ 670 milhõe, segundo dados da BM&F. 

O fortalecimento do dólar neste pregão refletia o resultado maior do que o esperado da inflação nos EUA, na véspera da decisão do Federal Reserv (Fed, banco central do país).

Os preços ao consumidor dos EUA avançaram 0,4% em maio, alimentando expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa adotar tom menos expansionista na reunião de política monetária desta semana.

O Fed anuncia sua decisão na quarta-feira, num momento em que tem reduzido suas medidas de estímulo econômico e discutido o eventual aumento da taxa de juros. Juros mais altos nos EUA tenderiam a atrair recursos de volta à maior economia do mundo, impulsionando a divisa norte-americana.

Nesse contexto, o dólar avançava contra o euro, o iene e as principais moedas emergentes.

O movimento do dólar no Brasil veio em meio a um mercado esvaziado, antes do jogo da Copa do Mundo. O pregão terminou antecipadamente, às 13h, e muitos participantes do mercado permaneceram afastados das mesas.

Intervenções do BCA inflação acima das expectativa nos EUA induziu esse movimento de apreciação do dólar lá fora, e o real seguiu nessa esteira, afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Mas o BC tem sinalizado que não quer o dólar fora da banda de conforto de R$ 2,20 a R$ 2,25 e por isso, o dólar não deve permanecer nesse nível, acrescentou, referindo-se às intervenções regulares feitas pela autoridade monetária.

Na avaliação de parte do mercado, essa banda informal agradaria ao BC por não ser inflacionária e, ao mesmo tempo, não prejudicar as exportações.

O BC vendeu nesta sessão a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 198,5 milhões. Foram 3,4 mil contratos para 2 de fevereiro e 600 para 1º de junho de 2015.

Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou cerca de 52% do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.