Publicado em 26/11/2013 às 16:01, Atualizado em 26/10/2016 às 08:37

Fazendeiros contratam seguranças e prometem resistir às invasões indígenas

Não arredamentos um pé para trás, disse o presidente da Acrissul hoje na Câmara Municipal

, Correio do Estado

“Se os indígenas tentarem invadir novas propriedades rurais, resistiremos. Não arredaremos um pé para trás”, esse foi o recado do presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Francisco Maia, hoje (26) na tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande, onde foi convidado para falar sobre “Paz no Campo”. Maia falou com os jornalistas a respeito do “Grupo de Resistência” que os fazendeiros estão armando no Estado, para evitar novas invasões de propriedades rurais. Segundo ele, não se trata de milícia.“Mas é sim um grupo que vai defender o direito à propriedade”, declarou.

O presidente da Acrissul ressaltou que, além de contratar empresas de segurança, os fazendeiros estão unidos para engrossar a força de resistência nas propriedades que os índios planejarem ocupar. Ele explicou também que os recursos levantados com o leilão de gado no dia 7 de dezembro, serão para a formação de um caixa. “Os recursos financeiros serão utilizados também para mobilização política dos proprietários rurais”, afirmou. De acordo com ele, os indígenas estão planejando entrar nas propriedades rurais a partir do dia 30 de novembro, prazo que deram para o Governo Federal resolver de vez o problema. “Não vamos permitir novas invasões, vamos resistir”, advertiu Maia, sem deixar claro se a segurança será armada. “Existem empresas de segurança. 

Elas serão contratadas para nos ajudar nesse trabalho”, disse.

Francisco Maia enalteceu a posição do arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, que vai entregar carta ao governo federal, pedindo celeridade na busca de solução para o conflito de terras entre indígenas e produtores rurais em Mato Grosso do Sul. Porém, alguns parlamentares disseram que a posição deveria ter sido tomada há muito tempo.