Enquanto hospitais sofrem com a falta de leitos, escolas enfrentam greves e a população amarga filas intermináveis para atendimento médico, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) despejou mais de R$ 300 milhões no Grupo Globo em publicidade oficial entre 2023 e 2024.
O montante supera os R$ 280 milhões gastos ao longo de todo o governo anterior de Jair Bolsonaro (PL), levantando questionamentos sobre prioridades e transparência no uso do dinheiro público.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, que monitora os gastos com campanhas institucionais. No início de janeiro de 2024, o valor registrado era de R$ 278 milhões, mas a cifra foi reajustada recentemente, atingindo a marca histórica de R$ 300 milhões.
A maior parte do investimento foi destinada à TV aberta, que recebeu R$ 288 milhões. O restante foi distribuído entre outras mídias do conglomerado:
■ Internet – R$ 11 milhões
■ TV por assinatura – R$ 9 milhões
■ Rádio – R$ 8 milhões
■ Jornais – R$ 1 milhão
■ Revistas – menos de R$ 300 mil
O governo justifica os altos gastos como estratégia para divulgação de campanhas institucionais, incluindo ações de vacinação e programas sociais. No entanto, diante da precariedade dos serviços essenciais, a aplicação desse volume de recursos na mídia hegemônica levanta suspeitas sobre favorecimento e prioridades distorcidas.
A Secom, atualmente sob o comando de Sidônio Palmeira desde janeiro de 2025, ainda não divulgou os valores pagos em publicidade no ano corrente. A falta de transparência sobre os gastos reforça as críticas de que o governo tem priorizado sua imagem em detrimento das reais necessidades da população.
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