Publicado em 09/08/2024 às 09:48, Atualizado em 13/09/2024 às 19:48
Prejuízo de R$ 2,6 bilhões levanta questionamentos sobre a gestão econômica e política da estatal.
A Petrobras registrou um resultado negativo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, conforme divulgado pela companhia nesta quinta-feira (8).
Este prejuízo contrasta fortemente com o lucro de R$ 23,7 bilhões reportado nos primeiros três meses do ano. A notícia gerou uma onda de críticas ao governo do Partido dos Trabalhadores (PT), que tem enfrentado desafios na gestão da estatal e na condução da política econômica do país.
Segundo a Petrobras, os números negativos foram impactados principalmente pela variação cambial e por um acordo bilionário para quitar dívidas com o governo federal. Em junho, a companhia aderiu a um processo para encerrar pendências fiscais e tributárias na ordem de R$ 45 bilhões. No entanto, críticos argumentam que a gestão do governo PT tem sido ineficaz em lidar com os desafios financeiros da estatal, resultando em prejuízos significativos.
Além disso, a decisão da Petrobras de pagar R$ 13,57 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, mesmo diante do prejuízo, foi vista como controversa. Para muitos, essa medida demonstra uma desconexão entre a administração da empresa e a realidade econômica enfrentada pela estatal.
A oposição também tem questionado a falta de reformas estruturais e a escolha de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo governo PT, apontando para uma gestão que, segundo eles, prioriza interesses políticos em detrimento da eficiência administrativa. A situação da Petrobras é vista como um reflexo dessas críticas mais amplas à condução do governo.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu os resultados, afirmando que os eventos não recorrentes, como o acordo tributário, trouxeram vantagens expressivas para a empresa e para a União. No entanto, a volatilidade cambial e outros fatores externos impactaram negativamente a contabilidade interna da empresa.
A situação da Petrobras e as críticas ao governo PT destacam a necessidade de uma gestão mais eficiente e transparente, capaz de enfrentar os desafios econômicos e garantir a sustentabilidade financeira da estatal.
