Publicado em 21/07/2025 às 12:54, Atualizado em 21/07/2025 às 16:57
Dispositivo foi encontrado no banheiro da residência do ex-presidente durante operação da Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) divulgou nesta segunda-feira (21) o resultado da perícia realizada no pen drive apreendido na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante operação deflagrada na última sexta-feira (18). O dispositivo foi encontrado em um banheiro da residência, mas, segundo o laudo pericial, o conteúdo armazenado no aparelho é considerado “irrelevante” para o andamento das investigações.
Apesar da apreensão ter gerado especulações, a PF afirmou que os dados contidos no pen drive não têm relação com os fatos investigados e não acrescentam elementos significativos às apurações em curso. O conteúdo específico do dispositivo não foi revelado oficialmente.
A operação que resultou na apreensão faz parte de uma série de ações da Polícia Federal voltadas ao esclarecimento de possíveis irregularidades cometidas por integrantes do governo anterior. Até o momento, a defesa do ex-presidente não se manifestou sobre o laudo pericial.
A PF segue com as investigações em outras frentes, buscando elementos que possam esclarecer os fatos investigados no inquérito em andamento.
Nos bastidores da diplomacia internacional, cresce o clima de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos. Segundo fontes ligadas a analistas de relações exteriores, atitudes recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) no que tem sido interpretado como perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a cidadãos e empresas norte-americanas, estariam motivando possíveis represálias por parte do governo dos EUA.
A insatisfação americana teria se intensificado após medidas que envolvem plataformas digitais sediadas nos Estados Unidos, como o bloqueio de perfis, exigência de dados de usuários e investigações conduzidas pelo STF sem cooperação diplomática prévia. Essas ações são vistas por setores do governo americano como violações da soberania de suas empresas e cidadãos.
O cenário ganhou novos contornos com as recentes ações contra Bolsonaro e aliados próximos, que mantêm vínculos e apoio dentro de setores conservadores norte-americanos. Parlamentares republicanos e grupos ligados ao ex-presidente Donald Trump já se manifestaram abertamente contra o que chamam de "ditadura judicial" no Brasil, cobrando do Congresso e da Casa Branca respostas firmes.
Entre as possíveis represálias cogitadas estão a suspensão de acordos tecnológicos, o aumento da pressão comercial e até a restrição de repasse de dados estratégicos entre os dois países. Embora o Departamento de Estado ainda não tenha emitido nota oficial, o tema estaria sendo discutido em reuniões de alto nível em Washington.
A situação coloca o governo brasileiro em um delicado jogo diplomático, tentando equilibrar a autonomia de suas instituições com a necessidade de manter boas relações com seu maior parceiro comercial no Ocidente. Até o momento, o STF não comentou as possíveis reações do governo norte-americano.