Por 8 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enviar o processo contra o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), um dos réus do chamado mensalão mineiro, para a Justiça de primeira instância em Minas Gerais.
O único a votar pela manutenção do processo no STF foi o presidente da corte, Joaquim Barbosa. Para ele, a renúncia de Azeredo a seu cargo de deputado no mês passado teve a clara intenção de impedir que ele fosse julgado pelo Supremo.
Barbosa também considerou que o envio do processo para a primeira instância deverá fazer com que exista a prescrição dos crimes. De acordo com ele, como os supostos fatos criminosos ocorreram em 1998 e a Justiça brasileira se utiliza de prazos elásticos para concluir seus julgamentos, é grande a chance de Azeredo, mesmo condenado, acabar não sendo punido.
Julgamento imediato
O Ministério Público de Minas Gerais considera que a decisão do STF abre caminho para julgamento imediato.O entendimento do promotor João Medeiros, que atua no processo contra outros nove réus do caso, que tramita na primeira instância judicial em Belo Horizonte, é que a decisão implica também na tramitação em separado da ação contra Azeredo, sem anexação ao processo original que tramita em Minas Gerais e está ainda na fase de depoimentos.
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