O relator da CPI que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deputado Ricardo Salles (PL-SP), pediu, nesta quinta-feira (21), o indiciamento de onze pessoas.
Entre eles estão o ex-ministro do GSI (Gabinete Institucional de Segurança) general Gonçalves Dias e o líder da FNL (Frente Nacional de Luta), José Rainha.
Salles fez a leitura do relatório e, conforme adiantado pela CNN, tirou o deputado Valmir Assunção (PT-BA) dessa lista. Nos bastidores, o relator admitia que poderia deixar o petista de fora como “moeda de troca” para garantir a aprovação da versão final do texto.
A comissão do MST foi instalada em maio, motivada pelas invasões que o movimento fez neste ano. Entre janeiro e abril, por exemplo, foram feitas 33 invasões de imóveis rurais pelo Brasil, número que supera o total de ações em cada um dos últimos cinco anos.
No início de agosto, a CPI chegou a perder força quando o governo realizou uma manobra para esvaziar a comissão. Relator do colégio, Salles chegou a dizer que encurtaria os trabalhos para apresentar seu relatório antes do prazo final, na primeira semana de setembro, mas depois voltou atrás.
No mesmo mês, PP e Republicanos articularam substituições de deputados no colegiado, o que poderia fazer com que o número de adversários do Palácio do Planalto aumentasse. Se confirmado o movimento, a oposição poderia voltar a ser maioria na CPI.
A CNN entrou em contato com Gonçalves Dias e José Rainha, mas ainda não obteve resposta. A CNN também procura os demais citados no relatório da CPI.
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