Publicado em 13/05/2024 às 08:03, Atualizado em 13/09/2024 às 19:47
Mensagens alertam que violência não ficará impune após agressão chocante em ônibus coletivo
Após uma agressão chocante em um ônibus coletivo em Campo Grande, estudantes envolvidos estão enfrentando não apenas o peso das consequências legais, mas também ameaças de linchamento nas redes sociais. O incidente, que envolveu um estudante autista sendo agredido por colegas de escola, tem gerado indignação e revolta entre internautas, que expressam sua fúria online.
A violência ocorreu na última sexta-feira (10), na linha 421 - Jardim Carioca, em Campo Grande, envolvendo alunos de escolas estaduais e municipais. De acordo com relatos, a agressão teria sido desencadeada após o estudante autista esbarrar acidentalmente em uma colega, desencadeando a ira dela e incitando outros estudantes a se unirem contra o garoto.
Imagens do incidente, gravadas por alunos presentes no ônibus, foram amplamente compartilhadas nas redes sociais, provocando uma onda de indignação e repúdio. Alguns internautas, enfurecidos com a brutalidade do ato, emitiram ameaças diretas aos agressores, alertando que a violência não ficará impune.
"Mensagem de um internauta: 'Você acha que é assim? Vai lá e bate em autista dentro do ônibus sem motivo nenhum e vai ficar de boas? Só lamento para você queridão. Logo, logo chega o seu, demorou? Fica esperto, seu lixo'", conforme uma das mensagens compartilhadas.
Outra mensagem, ainda mais direta, alertava: "O negócio é o seguinte, os dois manos aí vai tomar um salve da quebrada, tá ligado? Essas ideias não procedem. A mina também vai tomar um salve, tá ligado? Se for de menor, tem gente de menor para bater também e é isso. O recado tá dado".
Após a repercussão do caso, os agressores e a vítima autista divulgaram vídeos nas redes sociais, expressando arrependimento e pedindo desculpas pelo ocorrido. Em um desses vídeos, a vítima autista aparece perdoando os agressores, buscando encerrar o conflito.
A reportagem tentou contato com as autoridades educacionais locais, Semed (Secretaria Municipal de Educação) e SED (Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul), para obter informações sobre as medidas tomadas em relação ao incidente, mas aguarda resposta oficial.