Bombeiro de MS é arrastado por carro ao orientar uso de cinto de segurança

Acostumado a atender ocorrências de acidente de trânsito, um bombeiro militar de Mato Grosso do Sul , que estava de serviço no domingo (5), foi vítima de um acidente ao ser arrastado por um carro em uma avenida de Campo Grande.

O caso aconteceu no fim da manhã, depois que o militar orientou o condutor do carro a usar o cinto de segurança e colocar no banco de trás uma criança que estava no banco da frente do passageiro. Além disso, outra criança e um adolescente também estavam sem cinto no veículo.

O sargento do Corpo de Bombeiros Manoel Nunes Noia disse ao G1, nesta segunda-feira (6), que estava na viatura e voltava de uma ocorrência em direção ao quartel, quando parou no semáforo da avenida Fábio Zahran, próximo a avenida Costa e Silva, e viu que o condutor do carro ao lado estava sem o cinto de segurança.

Fiz sinal para ele colocar o cinto de segurança, e ele desdenhou, fez cara de não se importar e avançou o sinal, que estava fechado. Quando abriu, fui atrás dele, explicou.

No outro semáforo, o bombeiro disse que desceu da viatura, foi em direção ao carro do suspeito e deu ordem para o condutor descer do veículo.

Ele explicou que o suspeito não obedeceu à ordem e arrancou com o carro em direção ao bombeiro, que saiu da frente do veículo e segurou na porta. Ainda consegui encaixar meu braço na porta, e fiquei pendurado. Fui arrastado por cerca de 100 metros, relembrou.

O condutor só parou o veículo depois da insistência do bombeiro. Em seguida, uma equipe do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPTran) foi acionada. O condutor, de 27 anos, foi preso por resistência, desobediência e por causar perigo à vida de outrem, e levado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga.

As crianças que estavam no carro com ele foram entregues à mãe. O veículo foi apreendido e levado para pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Ainda conforme a polícia, o condutor estava sem a habilitação, que havia sido recolhida recentemente, porque não fez a renovação do documento.