Publicado em 17/03/2016 às 20:51, Atualizado em 26/10/2016 às 14:34
PM e organização ainda não fizeram a contagem do público participante.Manifestantes voltam para frente do MPF nesta quinta e fecham avenida.
Manifestantes voltaram para frente da sede Ministério Público Federal (MPF) de Campo Grande no fim da tarde desta quinta-feira (17), pelo segundo dia seguido, para protestar contra a presidente Dilma Rousseff, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT.
Segundo a Polícia Militar de Trânsito (BPTran) cerca de 1,5 mil pessoas participam da manifestação. Já a organização contabiliza 1,8 mil manifestantes.
Vestidos com camiseta verde e amarela e carregando a bandeira do Brasil os participantes gritam: Lula ladrão, seu lugar é na prisão. Os manifestantes também exibiram uma faixa com os dizeres: A nossa bandeira jamais será vermelha.
Nem a decisão do juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara do Distrito Federal, suspendeu a posse do ex-presidente como chefe da Casa Civil, por meio de uma decisão liminar, nesta quinta acalmou os ânimos.
O protesto ainda é endorsado pelos motoristas que passam pelo local buzinando. O trânsito está lento na avenida Afonso Pena no sentido Centro-shopping. Os manifestantes tomaram três quadras de uma das vias. No outro sentido, a polícia está orientando os motoristas a desviarem do congestionamento.
O publicitário Bruno Santori, de 30 anos, é uma das pessoas indignadas com a situação política do país. Vim ao local para fazer volume e e apoiar a população. Mão podemos mais aceitar os desmandos neste país e este é um compromisso muito importante para o brasileiro, afirmou.
A veterinária Aline Rohe, de 35 anos, levou animais para a avenida. Nós do meio rural decidimos trazer os animais para a rua também como forma de protesto, ressaltou.
Esse é o segundo dia seguido que os cidadãos protestam contra a presidente Dilma. Na quarta-feira (16), cerca de 3 mil pessoas estiveram na frente do MPF, segundo a organização, demonstrando indignação à nomeação de Lula.
Algumas pessoas levaram barracas e estão acampadas no canteiro central da avenida. Há pelo meos seis barracas. Eles dizem que vão passar a noite inteira na frente do prédio do MPF. Um deles é o servidor público Adriano Souza Coelho, de 35 anos.
Já levei a minha barraca para protestar em Brasília e agora aqui. Estamos em um grupo de cinco pessoas, abastecidos com água, alimentos e só vamos sair daqui quando conseguirmos o nosso objetivo, que é fazer a diferença em nosso país, afirmou Adriano.
O diretor da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), delegado Marcelo Alexandrino de Oliveira, disse que reuniu 60 pessoas entre policiais federais, delegados e parentes para participarem do protesto.
Estamos aqui em apoio à operação Lava Jato e à autonomia necessário que a Polícia Federal precisa para fazer o seu trabalho, pontou o diretor.