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Contra greve, prefeitura quer multa de R$ 100 mil e prisão de médico

Uma nova reunião entre o sindicato e a prefeitura será realizada às 17h desta sexta (22)

Para pressionar os médicos da Rede Municipal de Saúde a retomarem as atividades, A Prefeitura de Campo Grande entrou com nova petição na Justiça, solicitando o aumento do valor da multa de R$ 30 para R$ 100 mil por dia não trabalhado, além da prisão do presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), Valdir Ciroma.

À reportagem, o presidente do sindicato informou que ainda não tinha sido formalmente notificado sobre o pedido, mas tinha conhecimento dessa solicitação. “Acho um absurdo! Eles não cumprem o acordo e ainda fazem essa petição contrária?”, questiona ele, afirmando que ainda estão em fase de negociação.

O procurador-geral Fabio Castro Leandro detalhou que ainda não “cabe falar em prisão”. Segundo ele, o que o Executivo Municipal fez foi “pedir a majoração da multa e a responsabilidade pelo crime de desobediência a ordem judicial”, explicou. “Mas só se eles não retornarem é que montam esse processo penal”.

Uma nova reunião entre o sindicato e a prefeitura será realizada às 17h desta sexta-feira (22), na Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau).

Os profissionais entraram em greve no dia 6 de maio e decidiram voltar ao atendimento normal na terça-feira (12). O sindicato alega que a prefeitura não cumpriu o acordo firmado junto ao Ministério Público, que seria de retomar as gratificações que haviam sido cortadas e retomou a paralisação na sexta-feira (15). Há decisão na Justiça de que os profissionais não podem entrar em greve, sob pena de multa diária de R$ 30 mil. O sindicato tenta recorrer da decisão.

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