Publicado em 10/02/2015 às 07:13, Atualizado em 13/09/2024 às 19:16

Criança conta à polícia que recebia dinheiro do avô após abusos sexuais

Suspeito foi preso pela Depca nesta segunda-feira ao ser denunciado pela família

Fagner Olindo, Wendy Tonhati e Geisy Garnes

O motorista de 58 anos, preso em flagrante nesta segunda-feira (9), suspeito de estuprar a neta, de 9 anos, teria começado os abusos após a morte da mulher [avó da menina], há cerca de oito meses. A informação é da vítima, que prestou depoimento à polícia. A garota contou ainda que após os abusos recebia dinheiro do avô.

De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança), a criança está muito abalada. Ela contou que os abusos começaram há oito meses, data que coincide com a morte da avó. A menina contou que no último abuso, o avô tirou a roupa dela e também se despiu. Depois disso, ele teria consumado o ato sexual.

A criança ainda contou aos policiais que sofreu abusos outras vezes, uma delas, dentro da piscina da casa dela. Segundo a criança, toda vez que o estupro acontecia, ela recebia uma quantia em dinheiro, cerca de R$ 5, dada espontaneamente pelo avô.

Conforme o delegado, o avô alegou que no domingo (8) aconteceu o primeiro abuso e que a neta “se ofereceu para ele”. Ele afirmou à autoridade policial que por volta das 16h30 a neta ligou para ele ir buscá-la, para ir à igreja. Na casa dele a menina teria ido tomar banho, saiu do banheiro pelada e falou “vem”.

Ao Jornal Midiamax, o motorista falou que a neta “ficou se insinuando” e disse que ia tirar fotos sem roupa e que deitou pelada no sofá. Questionado, ele confessa e diz que se arrepende do abuso.  “Errei. Fui um tapado. Não sei nem o que dizer. Me arrependo demais”. O avô ainda comentou que a neta teria aprendido a se comportar desta maneira assistindo a vídeos pornográficos.

A menina foi encaminhada ao Imol (Instituto de Medicina e de Odontologia Legal), onde passará por exames. O motorista foi indiciado por estupro de vulnerável, crime com pena de até 15 anos, que pode ser aumentada pela metade, já que no caso, o crime é agravado pelo fato dele ser parente da criança.

Estupro

O crime foi descoberto pela família, após a menina reclamar de dor na barriga e ser levada para uma unidade de saúde, na noite de domingo (8). A criança reclamou para a tia que estava com dor. Ela foi levada para uma unidade de saúde que fica no Bairro Novos Estados, região norte de Campo Grande e onde mora o avô, quando foi encaminhada de lá para a Santa Casa.

No hospital ela passou por exames que constatou o estupro e a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) foi chamada.

O avô paterno da criança, que trabalha como feirante na Ceasa, era o responsável por cuidar da neta, quando teria cometido o abuso.