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Em greve, funcionários de creches são substituídose se revoltam

Colaboradores afirmam que não voltam ao trabalho até que seja garantido aumento de 9%

Colaboradores dos Centros de Educação Infantil (Ceinfs) se dizem revoltadas por terem sido substituídas por outros servidores em seus postos de trabalho. Cerca de 2,5 mil trabalhadores contratados pelas entidades Seleta e Omep para prestar serviços nas creches estão em greve desde ontem (14).

Cerca de 350 colaboradores, conforme estimativa da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) estão reunidas na Praça do Rádio, de onde seguem pela Rua Barão do Rio Branco até o Paço Municipal.

A principal pauta de reivindicação é o reajuste salarial de 9%, uma vez que já houve a redução de carga horária de 7h para 6h.

Para a presidente do Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul (Senalba/MS), Maria Joana Barreto Pereira, substituir os funcionários por outros servidores não qualificados é um desrespeito. “Isso não pode acontecer. Como substituir um médico por outra pessoa?”, comparou, garantindo que apenas funcionários em período de experiência e os afastados por problemas de saúde não aderiram a paralisação.

A recreadora Daiana Silva contou que mensagens estão sendo encaminhadas pelo aplicativo WhatsApp para que as pessoas voltem ao trabalho. “Estamos sendo coagidas, inclusive tem assessor do prefeito visitando os Ceinfs e anotando os nomes de quem não está trabalhando”, disse a funcionária que atua há 5 anos nesse segmento.

Daiana, que é recreadora no Ceinf do Jardim Colúmbia afirmou ainda que não tem medo de ameaça de demissão e que se isso ocorrer buscará seus direitos.

Já Andréia Nogueira, que trabalha como serviços gerais em uma creche do Jardim Panorama, considerou um desrespeito o fato de estar sendo substituída por pessoa em especialização para fazer o que ela faz. “Nos ameaçam mandar embora, mas vão fazer o mesmo com os médicos que estão em grave?”, questionou.

Segundo a sindicalista Maria Joana, a greve continua até que seja fechado um acordo entre Senalba e prefeitura.

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