O ex-garagista Genival Siqueira foi preso nesta quinta-feira (9) por conta de um erro na baixa de um mandado de prisão expedido em 2011, época em que era acusado de estelionato.
O empresário foi absolvido pela 2ª Vara Criminal de Campo Grande e o documento deveria ter sido cancelado, o que não ocorreu.
Segundo o delegado Gomides Ferreira dos Santos Neto, coordenador do SIG (Serviço de Investigações Gerais), a ordem de prisão ainda estava ativa no Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional).
Equipes faziam diligências de rotina quando encontraram Siqueira na região da avenida Ernesto Geisel e o levaram para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento). Quando o empresário chegou ao local, o sistema da polícia saiu do ar e ninguém conseguia abrir o mandado para fazer a checagem.
Gomides explica que durante a tarde, a equipe ligou para o Fórum e ficou sabendo que o documento já não tinha mais validade e então o libertaram. Na verdade houve uma falha. O mandado estava no arquivo, mas já foi sanado o problema e o Fórum vai pedir o cancelamento do mandado no sistema, diz o delegado.
Alberto Gaspar, advogado de Siqueira, estava viajando quando soube da confusão. Foi um erro absurdo. Tomaremos as medidas cabíveis. É inaceitável esse tipo de coisa acontecer em 2015, com tanta tecnologia, disse ao Campo Grande News.
Como funciona? O juiz Luiz Felipe Medeiros Vieira, presidente da Amamsul (Associação de Magistrados de Mato Grosso do Sul) explica que tanto na expedição quando no cancelamento de um mandado, o responsável pelo processo envia a documentação à Polícia Civil para que seja inserido nos sistemas.
Segundo ele, o procedimento é feito pelos cartórios das varas em que o caso está correndo. É pedida a devolução do mandado. Tem que ser analisado se foi comunicado ou não.
Tem que analisar esse caso específico e onde foi essa falha. Nós da Justiça pede e comunicamos, nós mandamos o papel. Quem vai lá e coloca ou retira do Sigo é a Polícia Civil, afirma.
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