Publicado em 20/02/2018 às 07:42, Atualizado em 13/09/2024 às 19:37
Técnica de Enfermagem precisou acionar a Justiça para retirar o Fundo de Garantia
Uma ex-técnica de enfermagem do Hospital Regional de Aquidauana luta na justiça há 3 anos para receber o que tem de direito, conforme as leis trabalhistas, pelos serviços prestados à Unidade Médica. Eliane Vedovati Da Silva afirma que foi contratada em caráter de Consolidação das Leis do Ttrabalho (CLT) durante cerca de 8 anos e, na hora de receber os valores da rescisão, o que ouviu foi “aqui, para receber, tem que entrar na justiça”.
A via sacra da profissional iniciou, segundo ela, em agosto de 2015 quando foi chamada até a sala dos Recursos Humanos para assinar o aviso prévio após 7 anos e 5 meses trabalhando no Regional. O motivo do desligamento, alegado pelo responsável do Rh na época, seria um impasse na troca de horário do plantão de Eliane.
“Eu estava trabalhando há 3 anos no horário noturno quando começaram a me pressionar para trocar para manhã. Como eu tinha uma rotina, um filho de 8 anos e meu marido também trabalha, eu não tinha como mudar. Assim que voltei das férias, me colocaram de surpresa no período vespertino e eu não concordei.”
Ainda de acordo com a técnica de enfermagem, o combinado foi que ela passaria o mês do aviso prévio (agosto) em casa e, quando faltassem 15 dias para o término do período, ela voltaria até o Regional para receber o mês, a rescisão e assinar o desligamento na Carteira de Trabalho.
O acordo teria ficado apenas na teoria. Eliane afirma que no dia combinado ligou para Neli, líder do Rh, e foi informada que a Instituição não tinha dinheiro para pagar o que lhe era de direito e que, caso quisesse receber, deveria entrar com uma ação judicial.
“Ela me disse que não iam pagar porque não tinham dinheiro e que lá ninguém recebia se não entrasse na Justiça. Ela queria que eu levasse minha Carteira de Trabalho para eles darem baixa sem me pagarem o que me devem, mas não levei. Achei mais seguro procurar um advogado.”
Sentindo-se lesada, ela procurou um advogado e conseguiu regulamentar a situação no Registro somente após ordem judicial. Durante audiência, realizada em fevereiro de 2016, Eliane conta que o representante do Hospital alegou que não pagaria porque a Instituição Médica não possuía dinheiro para o acerto.
“Eu só consegui pegar meu FGTS e meu Seguro Desemprego quando o juiz mandou. Agora, o dinheiro do último mês e do acerto, eu espero até hoje.”