Apontado pela polícia como a pessoa que atirou em Erlon Peterson Pereira Bernal, de 33 anos, no dia 1º de abril, em Campo Grande, Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, confessa participação no latrocínio e diz que a morte do empresário não havia sido planejada.
Não era para ninguém ter morrido nessa história. Não era para ele ter morrido, afirmou Thiago Ribeiro, na terça-feira (15), durante coletiva de imprensa, na Delegacia-Geral de Polícia Civil. Ele confessa que fez o primeiro contato com o empresário no dia do crime.
Eu que liguei pra ele, pra ir até a Coca-Cola [em frente à fábrica], eu que conversei com ele sobre a suposta compra do carro, eu que fui com ele até lá na casa, explica. O suspeito ainda afirma que não estava armado durante o trajeto até o local do crime e que pegou o revólver de dentro da residência.
Sobre o motivo que o levou a atirar contra o empresário, Thiago Ribeiro fala que agiu por impulso. Foi na hora do desespero, da agonia, não sei explicar para vocês o que foi. Me sinto péssimo, arrependido mesmo. Ele nega que o latrocínio tenha sido encomendado e diz que o veículo seria vendido na capital sul-mato-grossense ou levado para ao Paraguai.
De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Maria de Lourdes Souza Cano, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), Ribeiro fez contato com Erlon Bernal horas depois de ter abordado um policial militar que também tentava vender um Golf.
O dono do veículo encontrou o suposto comprador na avenida Interlagos e foi com ele até a residência do São Jorge da Lagoa, porém, não entrou porque os demais envolvidos não estavam lá no momento.
CrimePara a polícia, Erlon Bernal foi morto logo após ter chegado na residência. O corpo foi encontrado cinco dias depois, após a prisão de alguns suspeitos. Na casa foi apreendida a adolescente. O carro do empresário foi encontrado em uma funilaria do bairro São Conrado na noite de domingo. A cor prata havia sido substituída pela branca e as placas originais de Campo Grande, por outras de Ponta Porã, mas de mesmo modelo de veículo. As rodas também foram trocadas.
A Defurv suspeita que os presos também estejam envolvidos na morte de um ganhador de um título de capitalização, que desapareceu em fevereiro de 2014.
A arma utilizada para matar o empresário, um revólver calibre 38, foi localizada no dia 10 de abril, enterrada em um terreno baldio no bairro Dom Antônio Barbosa. Quatro munições intactas e duas deflagradas estavam na arma.
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