Publicado em 12/05/2015 às 13:51, Atualizado em 13/09/2024 às 19:20
Prefeitura e direção de maior hospital do Estado não se entendem e quem sofre são os pacientes
Depois de toda a negociação e falta de acordo envolvendo os valores negociados entre Prefeitura, Governo do Estado e Santa Casa, agora um novo impasse trava o repasse do valor que vai possibilitar ao hospital pagar os salários atrasados dos funcionários, que protestam desde o início da manhã.
A direção da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG) afirma que dos R$ 8,1 milhões acertados no acordo do novo convênio temporário, apenas R$ 4,3 milhões foram depositados na última sexta-feira (8). Sem o valor integral, o hospital não pagou os salários dos funcionários.
Na manhã de hoje, no entanto, o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Jamal Salem, e representantes dos trabalhadores reuniram-se para discutir a situação. Conforme nota publicada no site da prefeitura, o repasse do restante do valor só não aconteceu por intransigência da Santa Casa. O Executivo revela a ausência do presidente da ABCG, Wilson Teslenco, em assinatura do convênio.
Por outro lado, a assessoria de imprensa do hospital garante que nenhum representante do hospital foi chamado para assinar liberação do repasse restante. Uma reunião entre representantes da prefeitura e da Santa Casa estava marcada para a manhã desta terça-fera, no entanto, segundo a assessoria, o encontro não foi realizado pela prefeitura.
SEM DINHEIRO
Enquanto prefeitura e hospital não se entendem, quem sofre são os pacientes. Desde o início da manhã de hoje, cirurgias eletivas que seriam realizadas no hospital foram suspensas porque parte dos 1.500 funcionários participam de ato de protesto.
Ao todo, cerca de 1,2 mil trabalhadores do hospital participaram de passeata em protesto pelo não recebimento dos salários. Os funcionários continuam em frente do Paço Municipal e esperam que os salários sejam depositados.