Publicado em 12/03/2024 às 14:14, Atualizado em 13/09/2024 às 19:47
Racismo e apologia ao nazismo são crimes, com penas de um a três anos de reclusão e multa
O homem que agrediu uma menina de 4 anos, em uma escola municipal de Campo Grande, na segunda-feira (11), tem postagens de cunho racista nas redes sociais, com suástica, símbolo nazista.
Em uma delas, postada no dia 11 de outubro, época de eleições presidenciais, além de legenda contra o Partido dos Trabalhadores (PT), uma foto com duas impressões também foi compartilhada. Nos papéis, um deles com símbolo nazista e o outro com um desenho de uma arma de fogo, a legenda de ‘Morte a negrada’.
Vale lembrar que racismo e apologia ao nazismo são crimes, com penas de um a três anos de reclusão e multa.
Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) disse que as primeiras apurações, conforme relato do pai, indicam que não se trata de um caso de racismo. Sendo que o mesmo será investigado e tratado diretamente pelas autoridades competentes, e que está dando apoio à diretora e às famílias das duas crianças.
Agressão
O homem invadiu a escola municipal no bairro Universitário, onde agrediu a diretora e uma criança de quatro anos.
Mesmo tendo o acesso negado, ele insistiu em entrar na escola, para afastar a menina do seu filho. Diante da negativa da diretora, ele a segurou com força no braço esquerdo, desprendendo o braço dela da grade e a empurrou para trás.
Após isso, ele foi onde estava o filho, empurrou a criança, falou algo, apontou o dedo para a criança e saiu da escola com o filho. Posteriormente, ele retornou à escola com o filho e entraram na sala da diretora. Segundo o registro policial, o pai dizia diversas vezes para o filho bater na coleguinha, caso ela se aproximasse dele.
Fobia de abraços
Na delegacia disse que o filho tem fobia de abraços e estava, apenas, defendendo o menino da colega. Ainda segundo o depoimento do pai na DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), o homem falou que ficou nervoso com a situação, já que havia pedido para a professora afastar a menina de perto de seu filho, mas que nada foi feito.
Ele ainda disse à polícia que também fez o mesmo pedido para a diretora da escola, mas nada foi feito. Com isso, ele começou a ficar nervoso e falou que iria entrar para afastar as crianças, tendo sido impedido pela diretora. Na sequência, ele empurrou a diretora e foi até onde estava a menina, afastando de seu filho, pegou o menino e foi embora.
Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) disse que o pai relatou que a criança não gosta de ser tocada por ninguém e que agiu no calor da emoção, vindo a empurrar a menina a fim de afastá-la de seu filho. A professora confirmou que o menino não gosta de ser tocado e disse que o pai, ao ver a cena, entrou pelo portão e afastou a menina.
“As primeiras apurações, conforme relato do pai, indicam que não se trata de um caso de racismo. Sendo que o mesmo será investigado e tratado diretamente pelas autoridades competentes. A Divisão de Acompanhamento Escolar (DAE) da Semed deu todo apoio à diretora da escola e às famílias das duas crianças, e está acompanhamento o caso.
É importante ressaltar que a Secretaria de Educação presta apoio e solidariedade aos alunos envolvidos e repudia todo e qualquer ato de violência de qualquer natureza e contribuirá com os órgãos competentes na apuração do caso”.