Publicado em 02/04/2014 às 08:29, Atualizado em 26/10/2016 às 09:25
Cansados de terem as casas pichadas, moradores do Jardim Cabreúva apelaram ao grafite para tentar conter as ações de vandalismo. Os pichadores desafiam o poder público, a polícia e não possuem limites para sujar imóveis comerciais, residenciais e até prédios. Há casos, de pichações até no 10º andar.
Depois de ter a lanchonete pichada pela quarta vez, o empresário Edson Petuco, 38 anos, pagou uma pessoa para grafitar o estabelecimento. Eu preferi que grafitassem, pois os pichadores respeitam o local, quando tem grafite, contou.
Ele disse que há cerca de um ano grafitou o local e gastou menos do que se fizesse sempre a manutenção da lanchonete, todas as vezes que pichavam. Eu gastei em torno de R$ 1.800 e sei que não vou gastar mais. Quando pichavam, eu tinha que gastar para pintar., relatou Edson.
Nunca mais picharam aqui, completou o empresário. Ele afirmou que ainda não acabou de grafitar a lanchonete. Ainda tem algumas coisas para pintar, disse.
Na casa do pai do autônomo Otony Mustafa, 32, a situação não é muito diferente. Três adolescente chegaram aqui, pediram para grafitar a parede de casa e meu pai deixou, comentou. Ele disse que sempre picharam o local, mas admirou a atitude dos garotos.
Eu gostaria que todos fossem assim, pois nós poderíamos autorizar ou não. Eles poderiam chegar e zoar com o muro, mas pediram antes, completou o autônomo. Otony disse que o trabalho durou cerca de dois dias.
Mas os moradores acham as penas para os pichadores muito fraca. Eu acho que não deveriam só multar, deveria ser uma pena maior, afirmou o Edson. Otony concordou. Eu acho que eles têm que sofrer as sanções necessárias e até reclusão, lamentou.
Crime - Dois jovens de 18 anos foram presos na madrugada de hoje (1), na Avenida Júlio de Castilho, na Vila Sobrinho, em Campo Grande, depois de serem flagrados pichando muros e fachadas de residências. Os rapazes também foram multados pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em R$ 1 mil cada um, por crime ambiental. Conforme o major da PMA, Edmílson Queiroz, essa foi a primeira atuação administrativa na Capital feita pelo órgão.
Desde 1998, com a Lei de Crimes Ambientais, pichar é crime. A PMA pode multar os pichadores no valor de R$ 1 mil até 50 mil, dependendo da infração. O infrator também pode pegar pena de prisão de três