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Pedido de libertação de tenente-coronel que matou marido é analisado

(Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado)

O Ministério Público Estadual foi notificado hoje e tem cinco dias para se manifestar sobre o pedido de liberdade da tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romeiro Nogueira. Ela está presa por ter atirado e matado o marido, o major da PM Valdeni Lopes Nogueira.

O crime aconteceu na terça-feira (12), no bairro Santo Antônio, em Campo Grande. Ela foi presa em flagrante e desde então segue recolhida no presídio específico para policiais militares, na Capital.

O pedido para responder em liberdade foi protocolado pela defesa de Itamara na Justiça Estadual na sexta-feira (15). O caso não ficou na Justiça Militar porque a morte não ocorreu durante trabalho dos oficiais.

Itamara disse em depoimento que, apesar de ter sido agredida em ocasiões anteriores por Valdeni, não registrava boletim de ocorrência por vergonha, especialmente por ser oficial da PM e lutar para que essas agressões não ocorressem entre civis.  

Ela disse ainda que estava arrependida de ter matado o marido, mas que não tinha outra alternativa para preservar a vida dela. O major teria dito que iria pegar a própria arma para atirar nela.

O inquérito é conduzido na 7ª Delegacia de Polícia Civil e hoje familiares do major morto prestaram depoimento.

O CASO

No dia do crime, a briga entre os dois começou porque o major desistiu de viagem de férias do casal. Ela estava marcada para o dia seguinte. Segundo versão de Itamara, ele não apresentou justificativa para a desistência e, durante a briga, começou a agredi-la com socos no rosto e braços.

Além das agressões, Valdeni Lopes teria dito que pegaria arma no carro e que atiraria na cabeça da esposa. Nesse momento, ela fez dois disparos contra ele. Valdeni foi socorrido e levado até a Santa Casa, mas não resistiu.

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