Publicado em 10/04/2014 às 15:28, Atualizado em 13/09/2024 às 19:15
O aluno de 10 anos da Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, do Bairro Estrela Dalva região norte de Campo Grande, passou há pouco por exames de corpo de delito no Imol (Instituto Médico-Odontonlógico Legal). De acordo com o laudo, os peritos confirmaram que a criança foi vítima de estupro contínuo, conforme ele já havia falado na Deaij (Delegacia
Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).
A criança disse que há dois anos vem sofrendo abusos dos três jovens, de 13, 14 e 15 anos, no banheiro da escola. Apesar dos intervalos serem em períodos diferentes, os adolescentes conseguiam burlar a coordenadora e praticavam os atos libidinosos dentro da instituição onde vítima e autores estudam.
No laudo foi constatado que a criança tem lesões compatíveis com o depoimento prestado à Polícia Civil. Assustado, o menino só contou o que havia acontecido, depois que a mãe garantiu que nada de mal aconteceria à família. Ele ficou calado por tanto tempo porque os adolescentes o estavam ameaçando e a mãe só descobriu ao levar no posto de saúde perto de casa, pois ele reclamava de ardência e coceira no ânus, explica a delegada Aline Sinnott Lopes.
A delegada se restringiu apenas a falar superficialmente sobre o assunto, pois o caso está sendo registrado. Conversei rapidamente com ele e com os demais, não tem como dar detalhes, pois isso é muito recente, preciso de laudos e mais coisas, fala.
Apesar disso, a delegada pediu a representação dos três suspeitos pelo crime de estupro. O pedido de busca e apreensão foi encaminhado à Justiça. Caso será aprovado pelo magistrado, os jovens serão recolhidos a uma Unei (Unidade Educacional de Internação). Não há como falar de apreensão, pois apesar dos depoimentos, laudos e tudo mais, o caso não foi em flagrante, afirma Aline.