Publicado em 06/05/2015 às 09:05, Atualizado em 13/09/2024 às 19:20

Prefeitura diz que efetivo de médicos é insuficiente e pede multa diária de R$ 100 mil

Greve começou hoje e prefeitura diz que efetivo de 30% é insuficiente para atender demanda

Fagner de Olindo, Correio do Estado

Iniciada na manhã desta quarta-feira (6), a greve dos médicos que atuam nas unidades de saúde da prefeitura de Campo Grande se transformou em caso de Justiça. Depois de pedir que o judiciário determinasse a ilegalidade da paralisação, agora a prefeitura quer que a Justiça fixe multa diária de R$ 100 mil para que os profissionais voltem ao trabalho.

Manifestação feita no fim da tarde de ontem (5) pela procuradoria jurídica da prefeitura tem como base avaliação da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) que aponta como insuficiente o efetivo de 30% mantido pela categoria durante a greve.

Conforme o pedido de antecipação de tutela assinado pelo procurador Valdecir Balbino da Silva o efetivo de 30% é insuficiente para atender a demanda “vez que com 100% esta já está deficitária”.

Na manifestação, a procuradoria pede a suspensão preventiva da greve multa diária de R$ 100 mil para o descumprimento. Nenhuma decisão foi divulgada pela Justiça até agora.

GREVE

Coordenada pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sindimed-MS), a paralisação iniciou na manhã de hoje. Ainda não foram registrados superlotamento em unidades.

Ontem, a direção do sindicato informou que não havia sido notificada pela Justiça.

De acordo com o Sinmed-MS, desde janeiro deste ano que a entidade tenta um acordo com a administração pública, mas a única resposta dada até o momento foi que não haveria reajuste salarial.  

Além de reajuste zero foram cortadas também três gratificações dos profissionais, reduzindo a assim o salário em 50%. A categoria luta também por mais investimentos na saúde, condições adequadas de trabalho e mais segurança nos postos de saúde.