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Técnicos em radiologia ignoram decisão judicial e greve continua

Paralisação começou na segunda e sindicato pede melhores salários e condições de trabalho

Sindicato decidiu, na manhã de hoje, que greve irá continuar (Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado)

Considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça, em decisão divulgada ontem pelo desembargador Sérgio Fernandes Martins, a greve dos técnicos de radiologia, e que já é responsável por atraso de mais de 700 exames de raio x na Capital, vai continuar por tempo indeterminado.

 Em assembleia realizada na manhã de hoje, o sindicato decidiu continuar a paralisação e classificou a ação da prefeitura entrar na Justiça como “traição”.

Os mais de 70 técnicos que atuam nas unidade de saúde da prefeitura entraram em greve na última segunda-feira (6). Além de aumento salarial, eles reivindicam melhores condições de trabalho. Conforme o Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia de Mato Grosso do Sul (Sinter-MS), tanto profissionais quanto pacientes estão sujeitos a problemas de saúde em razão da falta de manutenção dos aparelhos de raio x.

Durante a paralisação inicial de 72 horas, os sindicalistas se reuniram, na tarde de ontem, com representantes da prefeitura e chegaram a entrar em um consenso, já que a administração prometeu arrumar equipamentos estragados e reformar salas com rachaduras. O reajuste salarial, no entanto, não foi definido porque um novo encontro ficou marcado para o mês de maio.

Segundo o presidente do sindicato, Adão Julio da Silva, os profissionais se reuniram em nova assembleia na noite de ontem, mas foram pegos de surpresa quando a Justiça considerou a greve ilegal.

A prefeitura entrou com a ação judicial na terça-feira, antes mesmo da primeira rodada de negociação com a categoria. No pedido, a procuradoria geral do município pedia que a Justiça suspendesse a greve por vários motivos, entre eles por não ter havido assembleia da categoria e pela prefeitura não ter sido notificada com 72 horas de antecedência, como é exigido por lei.

Na manhã de hoje, os sindicalistas se reuniram e decidiram dar continuidade ao movimento grevista. Segundo presidente, a ação da prefeitura de entrar na Justiça antes mesmo da negociação é “uma traição”.

Sobre a ilegalidade do movimento, o sindicalista afirma que os trabalhadores ainda não foram notificados da decisão, que prevê multa diária no valor de R$ 20 mil se os trabalhadores não voltarem para as funções.

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