Publicado em 25/10/2013 às 10:49, Atualizado em 13/09/2024 às 19:15
Vereadores de Campo Grande quase saíram no tapa, ontem, na sessão logo depois avaliarem o pedido de moção de congratulação
Vereadores de Campo Grande quase saíram no tapa, ontem, na sessão logo depois avaliarem o pedido de moção de congratulação ao promotor de vendas, Carlos Gabriel, 21, o douradense eleito recentemente como o gay mais bonito do Brasil, título conquistado por meio do concurso Mister Brasil Diversidade. O debate caiu num bate-boca homofóbico [repulsa ou o preconceito contra a homossexualidade ou o homossexual].
Foi a vereadora Luiza Ribeiro, do PPS quem pediu a moção. Normalmente, tal procedimento duraria alguns minutos, apenas. Contudo, o clima esquentou ao ponto de a sessão ser interrompida e encerrada depois de uma sequência de exposições contrárias à solicitação da vereadora.
Catorze vereadores votaram sim pela proposta, seis contrários, sendo que cinco deles compõem a bancada evangélica.
Paulo Pedra, vereador do PDT, acendeu o debate ao dizer que toda família evangélica tem um gay, ou vai ter. Depois, o pedetista se retratou e disse que toda família brasileira tem um gay.
Elizeu Dionizio, do PT do B, logo reagiu: a minha família não tem gay e, se Deus quiser, não vai ter. Pedra considerou a frase um ato homofóbico.
O evangélico Alceu Bueno, do PSL, entrou na discussão e baixou ainda mais o nível da briga: tenho vergonha de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul por exportar gay. Carlos Gabriel vai representar o Brasil na disputa mundial do Miss Gay.
Flávio terminou a sessão e o pedido de Luiza Ribeiro foi aprovado.