Publicado em 02/04/2014 às 09:08, Atualizado em 26/10/2016 às 09:25
Uma discussão por uso de alvará da Prefeitura para o serviço de mototaxista acabou em agressão em Campo Grande. Um colega filmou quando duas mototaxistas trocaram acusações e empurrões, supostamente por conta de um alvará (direito de atuar na profissão).
Uma das mulheres, identificada como Márcia, seria uma auxiliar, ou seja, condutora que usa o alvará de outra pessoa para trabalhar nos períodos de folga da titular. A outra, identificada como Janete, seria a dona do alvará. Em certo momento da discussão, ela manda um homem tirar Cláudia de cima da motocicleta.
Cláudia foi agredida com um soco no rosto pelo homem, e outros mototaxistas interferem, mas não chegam a evitar a agressão, enquanto um filma tudo.
O caso é de conhecimento do Sindicato dos Mototaxistas de Campo Grande, que se reuniu na semana passada com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande). Segundo informações preliminares, a gravação foi feita em um ponto localizado no Jardim dos Estados, na região central de Campo Grande.
A motivação da briga é a negação de uma transferência de alvará, ferindo a Lei Municipal em vigência 4.106/2006. Isso foi um caso isolado e deprimente, pois sou totalmente contra a violência, há outras maneiras de resolver conflitos, frisa o presidente do Sindicato, Dorvair Caburé.
Segundo ele, a Lei Municipal permite que haja transferência de alvarás de mototaxistas dentro da categoria. Porém, problemas com a gestão anterior estavam travando o processo e o ex-prefeito Alcides Bernal não estava autorizando. Isso gerou desconforto, diz.
O presidente do Sindicato acredita que, com o novo prefeito e secretário a situação deva se normatizar. Eles são mais acessíveis e com certeza entende o trabalhador. Atualmente em Campo Grande há 490 alvarás, e quem quiser transferir, desde que seja para a mesma categoria pode fazer, mas isso não casos isolados, enfatiza.
Para que haja a transferência, quem está recebendo este tipo de alvarás dever ter passado por curso especializado e ser credenciado.
Não há informações sobre o registro da ocorrência policial para investigar a agressão à mulher, nem as circunstâncias da briga. Uma das hipóteses é de que uma das envolvidas teriam vários alvarás, e coloca auxiliares para trabalharem, como vários permissionários fazem.