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Caso de Violência Psicológica e Conjugal em Aquidauana: Mulher denuncia marido após 20 Anos de casamento

O casal tem três filhos, sendo um deles portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA), cuja condição sempre foi negada pelo esposo,

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DEPOL de Aquidauana - Foto Divulgação

Um caso de violência psicológica e emocional dentro de uma relação conjugal veio à tona em Aquidauana, após a vítima, uma mulher casada por cerca de 20 anos, buscar ajuda das autoridades. 

O casal tem três filhos, sendo um deles portador do Transtorno do Espectro Autista (TEA), cuja condição sempre foi negada pelo esposo, apesar do diagnóstico médico.

A mulher relatou que, durante os anos de casamento, o marido desacreditava constantemente da condição do filho, acusando-a de inventar a doença. Mesmo após a confirmação médica, ele continuou a negar o diagnóstico. O ponto de tensão aumentou quando a vítima conseguiu uma vaga para o filho em uma instituição especializada no atendimento de pessoas com necessidades especiais. O marido se mostrou totalmente contrário à decisão e chegou a ir até o local, tentando impedir que o filho frequentasse a instituição.

Além da negligência em relação aos cuidados com os filhos, a vítima descreveu um comportamento controlador e abusivo por parte do marido. Ele a chamava frequentemente de "louca", impunha restrições sobre suas vestimentas e aparência, e impedia que ela mantivesse redes sociais. Relatos incluem que ele não permitia que a esposa usasse batom ou pintasse as unhas de vermelho, acusando-a de comportamentos inadequados. Em um episódio, o marido a forçou a remover o esmalte vermelho logo após a aplicação.

O abuso psicológico se agravou em março, quando, ao flagrar o marido trocando mensagens com outra mulher, a vítima foi empurrada ao tentar pegar o celular. Apesar de não ter deixado marcas visíveis, o empurrão marcou o início do fim do relacionamento. A descoberta de uma traição por parte do marido abalou profundamente a vítima, que decidiu romper o vínculo conjugal.

Mesmo após a separação, o marido continua a tentar reconciliar, enviando várias mensagens e comparecendo à residência da ex-companheira para convencê-la a reatar. Ele também faz questão de afirmar que todos os bens materiais da casa pertencem a ele, aumentando a pressão sobre a mulher.

O filho do casal, de 14 anos, presenciou alguns dos episódios e é testemunha dos fatos. A vítima foi orientada a buscar a Defensoria Pública para tratar das questões relativas ao divórcio, à guarda dos filhos e à pensão alimentícia. Além disso, ela manifestou o desejo de representar criminalmente contra o ex-marido e solicitou a concessão de medidas protetivas de urgência.

O caso destaca a importância de reconhecer sinais de violência psicológica e emocional dentro de um relacionamento, que podem se agravar ao longo do tempo, afetando não apenas a vítima, mas também os filhos envolvidos.

As autoridades seguem acompanhando a situação e tomando as providências cabíveis para garantir a segurança da vítima e de seus filhos.

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