Publicado em 28/10/2019 às 06:14, Atualizado em 13/09/2024 às 19:39
Moradores relatam que o PM tem muitos problemas com a vizinhança; o menino está internado em estado grave
Uma família da Vila São Paulo, em Coxim, denunciou um cabo da Policial Militar por surrar um adolescente de 13 anos. O menino teve hemorragia interna e está hospitalizado no Hospital Regional de Campo Grande, onde urina sangue.
A denúncia foi realizada pela tia da vítima, Patrícia Neri da Silva, de 40 anos. Segundo o site Edição MS, o cabo Fabiano Timóteo mora no mesmo bairro que a vítima. A parente disse que ele agrediu o menino com socos, deixando várias lesões pelo corpo franzino. Todos os moradores estão revoltados com a situação.
Vida em risco
Ainda conforme o site, o menino está com rosto muito machucado. As agressões nas costas resultaram em hemorragia interna, colocando a vida do menino em risco.
Ele nasceu com um dos rins paralisados e as pancadas nessa região causaram o dano. O menor precisou ser transferido no sistema vaga zero, na noite deste sábado (25), para Campo Grande.
Nota do Hospital
De acordo com o Hospital Regional Álvaro Fontoura, no momento em que foi transferido, o adolescente já estava urinando sangue. No início da tarde deste domingo (26), a informação da família é que ele vai ter de passar por uma cirurgia para conter a hemorragia.
“O rim bom também foi prejudicado”, relatou a tia. A mãe do adolescente Virgínia Neri, de 37 anos, acompanha o filho. Sob forte emoção, ela não tem conseguido falar sobre o caso, apenas pede que todos se unam em oração pela vida do seu filho.
“Independente da religião de cada um, orem pelo meu filho”, pediu chorando. A tia do garoto contou que flagrou o espancamento e que o garoto pedia a todo momento para o policial parar de bater porque ele só tinha um rim.
Versão do cabo da PM
O PM teria dito que bateu no menino porque ele teria pulado o muro da sua residência, o que é negado pela vizinhança.
Informações de moradores constam que a vítima brincava com outras crianças na rua e uma delas teria jogado pedra no portão da mãe do cabo, que mora ao lado.
O comando do 5º BPM (Batalhão da Polícia Militar) irá se pronunciar sobre o caso nesta segunda-feira (28).