A seca histórica que assola Mato Grosso do Sul em 2024 deverá se intensificar ainda mais nos próximos meses, com a previsão de temperaturas recordes e um cenário climático preocupante.
O mês de outubro promete ser especialmente desafiador, com especialistas alertando para o aumento expressivo nas ondas de calor e uma maior incidência de incêndios florestais.
Sem o alagamento das planícies do Pantanal, comum no período de cheia, e com chuvas irregulares desde março, o panorama futuro é alarmante. A falta de umidade no solo e a ausência de chuvas regulares têm favorecido a propagação de incêndios, que já atingem níveis recordes em várias regiões do Estado.
De acordo com o meteorologista Vinícius Sperling, do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec), as condições climáticas extremas deverão permanecer até, pelo menos, os meses de dezembro e janeiro. "A falta de chuvas favorece a ocorrência de ondas de calor. Sem nuvens, os raios solares passam com mais facilidade pela atmosfera e aumentam o calor na camada terrestre", explica Sperling.
As consequências desse clima extremo já são sentidas, com incêndios florestais espalhados por diversas áreas do Estado, ameaçando a fauna, flora e até comunidades locais. Especialistas alertam que a população deve se preparar para enfrentar meses ainda mais quentes, com poucas perspectivas de alívio climático antes do início de 2025.
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