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Filho de ministro do TCU é alvo da 45ª fase da Lava Jato

Tiago Cedraz e outro advogado são acusados de participar de reunião que acertou pagamento de propina a agentes públicos por empresa americana

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Veículo da Polícia Federal (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagra na manhã desta quarta-feira a 45ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Abate II. A primeira fase da Abate, na última sexta-feira, prendeu o ex-deputado Cândido Vaccarezza; dessa vez, um dos alvos é Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU). Alvo de um dos quatro mandados de busca e apreensão, Cedraz é acusado de participar de reuniões nas quais o esquema de pagamento de propinas a agentes da Petrobras teria sido planejado.

Junto com outro advogado, o filho do ministro, de acordo com nota da Polícia Federal, recebeu comissões pela contratação da empresa americana Sargent Marine pela Petrobras, em troca de pagamentos em contas na Suíça mantidas por uma offshore. Procurado em seu escritório, o advogado Tiago Cedraz não foi encontrado para comentar as acusações. Não há nenhum mandado de prisão na operação desta quarta, que consiste em quatro buscas, nas cidades de Brasília, Salvador e Cotia (SP).

A primeira fase da Abate revelou um esquema de corrupção envolvendo a estatal petrolífera e a empresa americana Sargent Marine. De acordo com os investigadores, Vaccarezza recebeu 500.000 dólares para intermediar contratos, estimados em cerca de 180 milhões de dólares, entre as empresas de 2010 a 2013. O ex-deputado foi filiado ao PT até o ano passado e, quando parlamentar, foi líder dos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff na Câmara.

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