O dólar operava em alta ante o real nesta segunda-feira (20), em meio ao cenário político conturbado no Brasil, após o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) criticar duramente o ajuste fiscal e elogiar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Perto das 13h10, o dólar avançava 0,67%, a R$ 3,2156 na venda, após subir mais de 1% na sexta-feira, quando Cunha anunciou rompimento com o governo. Veja a cotação
Com poder suficiente para barrar e dificultar a aprovação das medidas de interesse do governo na casa, Cunha é figura central de uma batalha que poderá custar à presidente Dilma Rousseff a perda do mandato, escreveu o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva em nota a clientes, de acordo com a Reuters.
Investidores temem golpes à credibilidade do país, que poderiam afastar investimentos do mercado local.
No fim de semana, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), elogiou Cunha e classificou o ajuste fiscal proposto pelo Executivo como tacanho e insuficiente, em vídeo divulgado pela TV Senado.
A moeda norte-americana tem subido consistentemente nas últimas semanas, em meio a expectativas de que os juros devem subir ainda neste ano nos Estados Unidos, o que pode atrair para a economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil.
Daqui para frente, a tendência é que o dólar suba em todo o mundo. A dúvida é o ritmo, se isso vai acontecer de pouco em pouco ou de uma vez, disse o operador de uma corretora nacional.
Mais tarde, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana terminou a sessão vendida a R$ 3,1939, em alta de 1,13%, após atingir R$ 3,2040 na máxima da sessão. Na semana passada, a divisa acumulou valorização de 1,03%.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.