Publicado em 07/02/2018 às 17:00, Atualizado em 13/09/2024 às 19:37
Moeda norte-americana avançou 0,95% nesta quarta-feira e passou a valer R$ 3,277, maior nível desde 28 de dezembro
O dólar fechou com alta de quase 1% nesta quarta-feira (7), aproximando-se cada vez mais de R$ 3,30, acompanhando o cenário externo.
Na sessão, a moeda norte-americana avançou 0,95%, a R$ 3,277 na venda, maior nível desde 28 de dezembro passado (R$ 3,3144). Na máxima do dia, chegou a R$ 3,2843.
Foi a terceira alta em quatro pregões, com o dólar acumulando valorização de 3,04% no mês. O dólar futuro tinha alta de cerca de 1,30% no final da tarde.
"O dólar trabalhou pari passu com o exterior. O primeiro repique veio com o petróleo", justificou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.
Os dados de estoques e produção de petróleo divulgados no começo da tarde vieram forte e fizeram os preços da commodity caírem forte no exterior, fazendo a moeda norte-americana ganhar tração.
O dólar ampliou mais a alta depois do anúncio de acordo sobre o orçamento nos Estados Unidos e que prevê aumento de gastos de cerca de UUS$ 300 bilhões ao longo de dois anos, o que deve contribuir para impulsionar a atividade do país.
A maior economia do mudo tem dado sinais de aquecimento, como no mercado de trabalho, que desencadeou forte aversão ao risco global por conta de temores de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros mais rapidamente.
No exterior, o dólar subia quase 1% ante uma cesta de moedas e também avançava com vigor sobre a maior parte das divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.
Sobretudo pela manhã, o dólar operou com pequenas oscilações frente ao real, em meio a um ambiente mais tranquilo no exterior depois de fortes perdas no começo da semana.
"A volatilidade vai continuar, o apetite do investidor pode diminuir com a cautela que é necessária nesse momento em que ainda há indefinição se foi apenas uma correção ou não nos Estados Unidos", afirmou mais cedo o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Syper.
Internamente, os investidores seguiram atentos ao noticiário da reforma da Previdência. O governo continua sem os 308 votos necessários para a aprovação do texto, cuja votação está marcada para depois do Carnaval na Câmara dos Deputados.
O Banco Central vendeu nesta sessão integralmente a oferta de até 9.500 swaps cambiais tradicionais — equivalentes à venda futura de dólares — para rolagem. Desta forma, já rolou US$ 950 milhões do total de US$ 6,154 bilhões que vencem no mês que vem.