Publicado em 12/03/2015 às 07:50, Atualizado em 13/09/2024 às 19:16

Preço de cesta básica sobe e chega a custar R$ 336,87

Para o trabalhador assalariado, 42,75% de sua renda está comprometida

Fagner de Olindo, Correio do Estado

Os preços do pacote de alimentos essenciais da cesta básica na Capital registraram alta de 3,64% no mês de fevereiro, em comparação ao mês anterior, passando a custar R$ 336,87. Em janeiro, a cesta foi cotada a R$ 325,05. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (11) pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac). 

A Cesta Básica Alimentar de Campo Grande consiste no conjunto de 15 produtos em quantidade considerada suficiente para suprir as necessidades de uma pessoa pelo período de um mês. Cabe ressaltar que a escolha dos 15 produtos integrantes da Cesta Básica Alimentar foi definida considerando a cultura alimentar da região.

Os preços dos produtos são pesquisados mensalmente em 26 estabelecimentos varejistas de Campo Grande distribuídos em seis regiões (Centro I, Centro II, Norte, Sul, Leste e Oeste) sendo: supermercados, açougue, hortífruti e panificadora em cada região. Também são pesquisadas 02 peixarias isoladas.

Variações

O acumulado da Cesta Individual no ano registrou alta de 7,74%, no período de 12 meses 14,69% e nos últimos seis meses 18,07%. Dentre os 15 produtos pesquisados sete tiveram elevação nos preços, com destaque para: feijão 28,82%; alface 7,55%; batata 7,25%; tomate 6,25%; laranja 5,98%; leite 1,31% e carne 0,47%. Os produtos que registraram maiores quedas de preço foram: açúcar 0,75%; arroz 0,65% e óleo 0,36%. Sal, banana, margarina, pão francês e macarrão mantiveram seus preços inalterados.

A safra do feijão dos últimos meses registrou perdas nas principais regiões produtoras do país, na Bahia e no sul do País, mesmo com o clima adverso, reduziu a oferta no mercado nacional resultou em alta de 28,82%.

De acordo com a análise da Semac, a qualidade da alface esteve muito abaixo da esperada, o clima quente acelerou o desenvolvimento das folhosas prejudicando sua produtividade. A procura esteve elevada no período e como houve queda na oferta seu preço aumentou 7,55%. A batata pelo terceiro mês consecutivo elevou seu preço 7,25%, a safra foi prejudicada pelos efeitos da seca, a exceção é o sul do país onde esteve com chuva, diminuindo sua oferta no mercado interno.

As cotações do açúcar estiveram em queda no mercado nacional, assim como as cotações internacionais o que refletiu em sua queda de preço 0,75%. Com o início da colheita do arroz aumentou o volume ofertado nas indústrias que tiveram que escoar seus estoques diminuindo seu preço 0,65%.

Nos últimos 6 meses os produtos que apresentaram maiores altas nos preços foram: batata, feijão, alface, tomate, laranja carne e banana. Em contrapartida, no mesmo período, registrou queda nos preços: óleo, açúcar e margarina.

Cesta familiar

Confrontado o custo da Cesta Básica Alimentar com a renda mensal, conclui-se que o trabalhador que recebeu um salário mínimo de R$ 788,00 comprometeu 42,75% do seu salário na aquisição da Cesta Alimentar e no mês anterior comprometeu a sua renda em 41,25%.

O saldo do salário mínimo: R$ 451,13 (quatrocentos e cinquenta e um reais e treze centavos), para suprir outras demandas, tais como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros serviços.