Publicado em 14/05/2015 às 07:48, Atualizado em 13/09/2024 às 19:20
Professores da rede estadual de ensino param as atividades nesta quinta-feira (14) e vão à Assembleia Legislativa protestar contra o projeto do executivo que altera o processo de eleição nas instituições de ensino. Com isso, os alunos ficam também sem aula durante o dia.
De acordo com o presidente da Fetems (Federação da Educação em Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, são esperados três mil professores na Assembleia.
O projeto apresentado pelo executivo, que ainda está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), prevê que somente professores possam concorrer a direção das escolas, enquanto no molde atual, profissionais do administrativo também participam do pleito. Não tem nada que nos convença que o administrativo não é capaz de ser diretor, reclama o dirigente.
Após a manifestação junto aos deputados, os professores vão se reunir em assembleia, ainda na Casa de Leis, para deliberar indicativo de greve, caso o governo do Estado não cumpra reajuste que foi pactuado em 12 de fevereiro o executivo precisa repassar 10,98% ainda.
O prazo para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) divulgar como será pago o reajuste termina na sexta-feira (15). O prazo expira amanhã, e caso não for pago, podemos entrar em greve na próxima quinta-feira (21). Às 10 horas, a comissão formada no início do ano pelo governo e Fetems se reunirá para discutir a demanda.
Ontem, o relator do projeto na CCJ, deputado Amarildo Cruz (PT), deu parecer favorável a tramitação do projeto, desde que sejam incluídas as cinco emendas apresentadas pelo deputado Pedro Kemp (PT), mas o presidente da comissão, deputado Barbosinha (PSB), pediu vistas e deve entregar seu parecer na semana que vem.
As cinco emendas incluem auxiliar administrativo no processo de eleição, desde que tenha licenciatura; que alunos a partir dos 12 anos possam votar (segundo a proposta somente a partir dos 14 anos); eleição de diretor-adjunto aconteça em chapa (no projeto é individual); eleição em escola indígena, de tempo integral e em escolas para alunos especiais (o projeto excluí essas instituições) e que a eleição de diretores e colegiados aconteçam no mesmo dia (pela proposta, a eleição acontece em dias diferentes).