Publicado em 12/03/2015 às 07:44, Atualizado em 13/09/2024 às 19:16
Serviços serão realizados somente dentro das normas de segurança
Em meio a uma crise no sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul, com reiteradas ocorrências de insegurança nas maiores unidades prisionais do Estado, principalmente ameaças de rebeliões por parte dos detentos, os agentes penitenciários, que vêm lutando por melhores condições de trabalho, decidiram manter a operação padrão, executando somente os serviços que são possíveis com o número de servidores disponíveis.
O propósito é não cumprir nenhuma atribuição que venha a colocar em risco a vida dos agentes, por conta de que, no mês passado, um agente penitenciário foi assassinado dentro da Casa do Albergado, em Campo Grande, por um interno. A ordem para o crime teria partido de dentro do Presídio de Segurança Máxima.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinsap), André Luiz Garcia Santiago, os agentes estão fazendo a operação padrão, atuando somente dentro do que a lei permite. Eles obedecem, por exemplo, as normas que estabelecem um número máximo de presos que cada servidor pode cuidar.
Com efetivo inferior ao necessário para atendimento da demanda diária dos presídios, atividades como aulas, visitas e trabalho interno estão prejudicadas. Isso está expondo a fragilidade do sistema penitenciário e gerando reclamações entre os internos.