Bancários começam hoje uma greve por tempo indeterminado. Os primeiros dias de paralisação devem alcançar pelo menos 50% das agências, se seguir a tendência dos anos anteriores, quando os trabalhadores também cruzaram os braços. Se confirmada a adesão, pelo menos 40 agências fecham hoje, só em Campo Grande.
Mas a expectativa do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande e Região (Seeb) é de que ao menos 2 mil funcionários e 100% das agências fechem as portas. No ano passado, a greve durou 22 dias e dentro desse período, em algum momento, todas as mais de 80 agências da Capital integraram o movimento.
Segundo a presidente do sindicato, Iaci Azamor Torres, neste ano, além de reposição salarial de 12,5%, a categoria pede melhores condições de assistência e de trabalho. O mote da greve, que é nacional, é Nós queremos mais. Mais saúde, mais segurança, mais condições de trabalho e mais igualdade de oportunidades, sustentou a presidente, afirmando que o serviço dos bancários tem sido precarizado em virtude da busca desenfreada dos bancos por lucros.
A sindicalista afirma que nossos bancários têm sido vítimas de assédio moral e estão adoecendo. Queremos soluções para isso. Ela enfatiza que esta situação é decorrente da implantação de metas abusivas de trabalho, que debilitam o funcionário. O bancário chega para trabalhar e nunca sabe qual a meta de venda de seguros, títulos de capitalização e consórcio do dia, porque pedem cada dia mais.
Além de Campo Grande, o Seeb atende outras 27 cidades. Os outros sindicatos estão nos polos de Corumbá, Dourados, Ponta Porã, Naviraí e Três Lagoas. Todos deflagraram greve para hoje, à meia-noite.
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