Publicado em 20/03/2014 às 08:31, Atualizado em 26/10/2016 às 09:16

Chegam ao terceiro dia buscas por avião desaparecido no Pará

Bimotor saiu com cinco pessoas de Itaituba para Jacareacanga.Passageira enviou sms informando pane no motor da aeronave.

, G1

Chegaram ao terceiro dia as buscas pelo bimotor Beechcraft BE 58 Baron, desaparecido na última terça-feira (18), entre os municípios de Itaituba e Jacareacanga, no sudoeste do Pará. Equipes do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronaúticos (Seripa) retomaram as buscas por volta das 8h30 desta quinta-feira (20), após constatar o bom tempo na região.

O Seripa informou que no local das buscas o clima estava bom logo no início da manhã, mas os aviões não puderam decolar porque o mau tempo prejudica a leitura dos instrumentos. Nas buscas estão sendo utilizadas duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), um helicóptero da Polícia Militar, e outras duas aeronaves da empresa proprietária do bimotor.

O avião desapareceu na última terça-feira (18), por volta de 13h, após decolar do aeroporto de Itaituba, no sudeste do estado, com destino a Jacareacanga. Cinco pessoas estavam a bordo: o piloto Luiz Feltrin, o motorista Ari Lima e as técnicas de enfermagem  Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, além de Rayline Sabrina Brito Campos, que chegou a mandar um SMS para o tio após um dos motores do avião parar. Segundo o Ministério da Saúde o grupo estava viajando para fazer substituição de equipes que prestavam atendimento nas aldeias da etnia mundurucu.

BuscasO capitão da Força Aérea Brasileira (FAB), Alcides Machado, que comanda as buscas pelo bimotor, afirmou que toda a área de busca está fechada para rota de aeronaves e explica a estratégia utilizada na operação: “Na saída das aeronaves, todos os comandantes sentam e estipulam as áreas a serem patrulhadas pela busca para não haver conflito e não deixarmos nenhum buraco. Como não foi acionado o E.L.T, o equipamento de segurança, a gente fez buscas por setorização”.

O capitão conta que a sua aeronave já percorreu cerca de 750 quilômetros quadrados durante a busca e explica a dificuldade de trabalhar em mata fechada. “Muitas vezes a gente pensa que um avião que caiu na mata vai abrir uma grande clareira, algo de fácil visualização, mas na verdade não é assim,  a mata, em termos gerais, realmente ‘engole’ a aeronave e caso ela tenha colidido com solo e não pegou fogo, fica mais difícil ainda a localização”.

Entenda o casoUm avião de pequeno porte que transportava uma equipe de profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indigena (Sesai) até uma aldeia indígena de Jacareacanga, no sudoeste do Pará desapareceu na última terça-feira (18). Aeronaves de Manaus e Campo Grande estão ajudando nos trabalhos de localização do bimotor, modelo Beechcraft BE 58 Baron.

De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.