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CPI que investiga atuação do CIMI em conflitos convida reitor da UCDB

Na tarde desta terça-feira, ocorreu a primeira audiência da CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do CIMI (Conselho Missionário Indigenista) informou, na terça-feira (13), que vai convidar para uma audiência o padre Ricardo Carlos, reitor da Universidade Católica Dom Bosco. A CPI foi criada em setembro passado com o propósito de apurar se o CIMI, organização que atua na defesa dos direitos indígenas, ligada a Igreja Católica, é quem estaria por trás das ocupações de fazendas, em Mato Grosso do Sul.

Na tarde desta terça, ocorreu a primeira audiência da CPI. Houve discussão entre os próprios integrantes da comissão, repartida entre parlamentares que amparam os ruralistas, outra que compartilha com os ideias do CIMI.

Maior parte da audiência, que durou umas cinco horas, foi ocupada por dois palestrantes, os jornalistas Lorenzo Carrasco, autor de livro que fala da manipulação dos povos indígenas e o também jornalista Nelson Barretto, autor do livro Tribalismo Indígena: Ideal Comuno-Missionário para o Brasil no século XXI: 30 anos depois”. Ambos os relatos atacaram o CIMI.

“Não entendo como o CIMI surgiu por meio da Igreja Católica. A igreja evangeliza, civiliza, prega a paz, união e respeito. Já o CIMI, desmantela”, disse a deputada, presidente da CPI, Mara Caseiro, contrária as ações do CIMI.

O propósito da CPI é provar, ou não, que o CIMI é quem “manobra os índios” e estaria insuflando os índios a invadirem as fazendas. Mara Caseiro disse que a próxima audiência ocorre dia 20. Nesta audiência participam quatro fazendeiros, entre os quais Ricardo Bacha, dono de fazenda, em Sidrolândia, hoje ocupado por índios. Já o reitor da UCDB será convidado para outra audiência, a ser agendada no dia 20.

Pedro Kemp, do PT e Marquinhos Trad, do PMDB, deputados que também integram a CPI do CIMI criticaram a vinda dos dois palestrantes. Para eles, a audiência devia ter centrado as discussões em torno da denúncia de que o CIMI seria um manipulador das comunidades indígenas, não “em palestras”.

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