Publicado em 26/11/2013 às 15:22, Atualizado em 26/10/2016 às 08:36

Em Ribas do Rio Pardo onde todos os vereadores estão na mira da polícia por corrupção está parada

Todos os 11 vereadores foram intimados pela polícia após denúncias de que um grupo estaria ‘inflando’ salários com certificados fraudulentos

, Diana Gauna

Os moradores de Ribas do Rio Pardo – distante a 97 km de Campo Grande, cidade onde todos os 11 vereadores foram intimados pela polícia após denúncias de que um grupo estaria ‘inflando’ salários com certificados fraudulentos, estão inconformados com o escândalo protagonizado pelo representantes do povo.

Nas rodas de bate papo, comércio, conveniências e até supermercado, as irregularidades são o assunto do dia. Apesar de muitas das pessoas ouvidas ter receio de dar declarações a imprensa, todos reprovaram comportamento dos vereadores e o abandono em que o poder público deixou a cidade após as eleições.

Para Estevão Cohan Filho, 68, que mora em Ribas há 22 anos,a cidade está abandonada pelo poder público. “Os vereadores que deveriam trabalhar pela gente são tudo gente boa, só que trabalho mesmo eu não vejo. Aqui sempre teve escândalo, a polícia é que tem que apurar”, afirmou.

A vendedora, Silvana Aparecida Soares de Almeida, 32, disse que apesar de não haver uma imprensa diária na cidade, os moradores têm acompanhado tudo por um programa de rádio, que o meio de informação na cidade. “A gente sabe o que a gente ouve na rádio. Tem muita coisa suja ai acontecendo. A maioria desses vereadores era da coligação do ex-prefeito. O que a gente pode falar mesmo é que a polícia precisa fazer alguma coisa, porque a cidade está uma paradeira só”, reclamou.

Já o vigilante da câmara, João Carlos Siqueira, avalia que a Justiça é lenta nesse tipo de julgamento. “O problema é o descrédito que se cria nesse tipo de investigação. Uma ação dessas encera quando já acabou o mandato do cidadão. Ai fica difícil né?”, declarou.

Os vereadores estão sendo investigados pela polícia e MPE (Ministério Público Estadual), por envolvimento em esquema dos certificados que estariam sendo utilizado para dobrar seus salários. Também por uma possível contratação de servidores fantasmas, as relações comerciais ilícitas da câmara com empresas e até licitações e constatação de assessoria jurídica irregulares.