Publicado em 10/10/2014 às 08:12, Atualizado em 26/10/2016 às 10:42

Homem é internado com suspeita de ebola no Paraná

Pacientes, médicos e enfermeiros estão trancados dentro do local.

, Correio do Estado

Um homem está isolado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) II, no Bairro Brasília, em Cascavel (PR), devido a suspeita do vírus ebola.O homem, de 47 anos, chegou ao Brasil vindo da Guiné, um dos três países africanos que passa por um surto da doença. Segundo o Ministério da Saúde, outras suspeitas que haviam sido levantadas antes no país eram apenas boatos e tinham sido logo descartadas.?

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Cascavel, esquipes do ministério e do governo estadual chegam de madrugada à cidade. Também de acordo com a prefeitura, a unidade de pronto atendimento (UPA) onde o homem com caso suspeito foi atendido está isolada. A Força Aérea Brasileira deve auxiliar na transferência do homem, que será levado para o Rio de Janeiro, em uma aeronave da Polícia Rodoviária Federal. Ele será transferido para o Hospital Evandro Chagas.

O paciente está no 21º dia da possível infecção. Segundo o ministério, esse é o prazo máximo para a incubação da doença. Por esse motivo, todos os protocolos internacionais estão sendo aplicados, para evitar uma proliferação, caso seja confirmada a enfermidade.

A prefeitura informou que os pacientes na unidade que não tiveram contato com o homem não foram impedidos de sair. Mas quem teve contato com ele permanece isolado lá dentro. Além disso, ninguém pode entrar na UPA. A prefeitura informou não ter informações sobre a identidade do homem. Médicos e enfermeiros que trabalham no turno da noite também estão do lado de fora. 

A orientação é para evitar pânico e, segundo uma enfermeira, a recomendação neste momento é para os moradores evitarem locais com muita concentração de pessoas.

Fonte: CGN, Marechal News, G1 e O Globo

Leia abaixo a nota do Ministério da Saúde sobre o caso:

EBOLAMINISTÉRIO INFORMA SOBRE CASO SUSPEITOO Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná informam que a Unidade de Pronto Atendimento Brasília, em Cascavel (PR), recebeu nesta quinta-feira (9), no período da tarde, um paciente classificado como suspeito de infecção por ebola. Trata-se de um homem, de 47 anos, vindo da Guiné (escala em Marrocos), país de origem, que chegou ao Brasil, no dia 19 de setembro.  Ele relatou que ontem (8) e nesta manhã (9) teve febre. Até o início da noite, estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas. Está em bom estado geral e, mantido em isolamento total.Por estar no vigésimo primeiro dia, limite máximo para o período de incubação da doença, foi considerado caso suspeito, seguindo os protocolos internacionais para a enfermidade. Guiné é um dos três países que concentram o surto da doença na África. O ebola só é transmitido através do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes, ou pelo contato com superfícies e objetos contaminados. O vírus somente é transmitido quando surgem os sintomas.Imediatamente após a identificação da suspeita, o paciente foi isolado na unidade e, adotadas medidas previstas no protocolo nacional, como a comunicação à secretaria estadual de saúde e Ministério da Saúde. O caso está sendo acompanhado pelas equipes de vigilância em saúde do Ministério da Saúde e do Paraná. Assim que comunicado, o Ministério da Saúde enviou imediatamente equipe para Cascavel, por meio da FAB (Força Aérea Brasileira), onde coordenarão in loco as medidas de atendimento e a identificação de possíveis contatos para orientação e controle. O paciente será transferido, conforme protocolo de segurança, para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro (RJ), referência nacional para casos de ebola. A transferência será feita por meio de aeronave da Polícia Rodoviária Federal. Nesta sexta-feira (10), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, que coordena a ação nacional, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, concederão entrevista coletiva sobre o caso, às 10h, no Ministério da Saúde.