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Mulher que levou cotovelada acredita que ciúme de vizinha tenha motivado agressão

Fernanda teve traumatismo craniano após agressão em São Roque em agosto

(Foto: Reprodução/TV Globo)

A auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar, agredida com uma forte cotovelada em 16 de agosto em São Roque (SP), disse nesta sexta-feira (5) que desculparia o comerciante Anderson de Oliveira. “Se ele me pedisse perdão, eu perdoaria”, afirmou a jovem, que esteve em São Paulo durante a tarde acompanhada do irmão, Eduardo Cézar. Ele é auxiliar do advogado Ademar Gomes. Tanto a jovem quanto o irmão avaliam que a agressão pode ter sido motivada por uma desavença com uma vizinha. Fernanda disse que não se lembra do que disse para o agressor no dia do crime. Ela sofreu traumatismo craniano após ser atingida pelo comerciante e ficou internada no hospital até segunda-feira (1º).

A jovem relatou que ainda sente dores de cabeça e que está tomando remédios. Os médicos disseram à família que as sequelas do golpe só poderão ser confirmadas após seis meses de tratamento. Anderson Oliveira está preso e responderá por tentativa de homicídio qualificado, pois a vítima não teve chance de defesa, segundo a polícia. Eu não sou uma pessoa de agredir ninguém, eu não esperava ser agredida, afirmou a auxiliar de produção.

Fernanda relatou que se lembra de tudo no dia da agressão, menos do que falou no ouvido de Oliveira segundos antes do golpe. Só me lembrei a partir do momento em que vi as imagens. O vídeo (veja acima) foi assistido por ela pela primeira vez na quinta-feira (4), na delegacia de São Roque, durante depoimento à Polícia Civil. Ela ficou travada quando viu as imagens. Ficou pasma, sem reação nenhuma, completou o irmão.

Confusão com vizinha

Aparentemente confusa, a agredida, que é divorciada e mora sozinha, disse nesta sexta-feira que a discussão com o comerciante pode ter começado por causa de uma desavença com uma parente dele, de prenome Lusinete. Ela mora em uma casa vizinha. Ela [Lusinete] tem ciúmes do marido dela. Eu não sei se ele [Anderson] é irmão ou primo dela. Desde então, ela falava de mim pra ele. A gente nunca teve confusão entre nós dois, mas por causa dessa vizinha, a Lusinete, por causa dela que teve toda essa confusão. Fernanda disse que tentou resolver a situação conversando com Anderson de Oliveira. Uma vez, um tempo atrás, eu vi ele no portão da casa dela e chamei ele. O apelido dele é Tingo. Ai eu falei: Tingo, vem cá, eu preciso conversar com você. O negócio é o seguinte: ela está querendo armar confusão comigo. Ai eu acho que depois de quatro, cinco meses, veio a acontecer isso [a agressão], relatou a jovem.

Foi por causa dessa pessoa, dessa Lusinete. Essa confusão começou por causa dela porque eu nunca tive nenhum problema com ele. Eu estou abrindo o portão da minha casa, e ela fica provocando. Ela já tinha me ameaçado antes. Disse que o marido conhecia alguns malandros da cidade, informou. As desavenças começaram há cerca de cinco meses, segundo o irmão da agredida. Ele confirmou que a vítima já havia sido ameaçada pela vizinha. Questionada se acredita ter nascido de novo, a jovem afirmou: “Deus sempre cuidou de mim e me cuidou naquele dia”.

Ela disse também que nunca teve problema com o agressor. “Eu gostava dele como pessoa. Nunca ia esperar que ele fosse fazer isso comigo.” Fernanda tem um filho de seis anos. A criança está com o pai em Santos e não assistiu ao vídeo da agressão. Ela ainda não encontrou com o garoto desde o ocorrido. O advogado da jovem afirmou que não pretende pedir indenização, por enquanto. “O importante é que ela se recupere”, disse Ademar Gomes.

Depoimento

Na tarde de quinta-feira (4), Fernanda Cézar prestou depoimento na delegacia de São Roque (SP). Ela e o irmão, Eduardo Cézar, foram ouvidos por mais de duas horas pela delegada que investiga o caso, Priscila de Oliveira. A auxiliar de produção deixou o distrito policial sem falar com a imprensa, cobrindo o rosto com um cobertor. A família decidiu antecipar o depoimento para poupar a jovem, que precisava ficar em repouso. Eduardo também prestou depoimento na delegacia para informar o estado de saúde da irmã.

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