Publicado em 25/11/2013 às 22:46, Atualizado em 26/10/2016 às 08:36

Recém-nascida vendida por R$ 6 mil é resgatada pela polícia em Maracaju

Falso pai e suposto comprador é genro da proprietária da boate onde a acusada de vender bebê trabalhava

, MS Record

Uma recém-nascida com menos de um mês de vida, foi resgatada pela Polícia Civil. Ela teria sido vendida pela própria mãe, uma garota de programa de 23 anos, do estado do Maranhão, por R$ 6 mil em Maracaju. O município fica a 162 quilômetros da Capital e o resgate aconteceu na última sexta-feira (22).

Segundo, delegado responsável pelo caso, Amylcar Eduardo Paracatu Romero a mãe da criança trabalhava em uma boate da cidade, fazendo programas e negociava a criança ianda na barriga.

Ainda de acordo com o delegado, populares fizeram a denuncia sobre a venda, mas durante entrevista com a garota que ainda estava grávida, negou a venda da criança. 

Após o nascimento da criança em 31 de outubro, investigadores da Delegacia de Polícia Civil foram até o endereço repassado pela acusada e vizinhos informaram que a garota de programa voltou para São Luiz do Maranhão (MA), sua cidade natal. 

“Ela veio grávida do Maranhão e eu acredito que ela só tenha vindo para cá, para vender a criança. Quando ouvimos ela ainda gestante, ela negou, mas confirmamos o crime, quando ela foi embora e vimos na certidão o nome de um falso pai e deduzimos que realmente havia vendido a criança e ido embora”, relata o delegado.

O falso pai e suposto comprador é genro da proprietária da boate onde a acusada trabalhava e foi identificado como Gabriel Binz de Oliveira, 33 anos. Ele negou a compra, mas foi indiciado pelo crime de registrar filho alheio como próprio.

O delegado pediu busca e apreensão da criança junto a Vara da Infância e Juventude de Maracajú, e a criança foi apreendida na tarde de sexta-feira, na casa de Gabriel e encaminhada pela Polícia Civil ao Conselho Tutelar.

“A mãe da criança já foi indiciada por efetivar entrega de criança mediante pagamento e Gabriel pelo crime registrar filho alheio como próprio, delitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, finalizou Amylcar.

A polícia trabalha agora no intuito de localizar a Mãe da criança.