A Polícia Civil está apurando detalhes sobre o duplo homicídio que vitimou o sargento da Polícia Militar, Delmar Luís Teleken, e seu amigo Alfredo Teixeira Mendes Filho, 44 anos. O crime teria ocorrido, na última segunda-feira, nas proximidades do Distrito Três Fronteiras, município de Colniza, no extremo Norte de Mato Grosso. A região está dominada pelo medo.
Recentemente, Josias Paulino de Castro, e sua esposa, Ireni da Silva Castro, 35, foram assassinados a tiros com arma de uso restrito das Forças Armadas. Josias era presidente da Associação dos Produtores Rurais de Nova União (Aspronu). Na disputa por terras, ele estava sendo ameaçado de morte.
Antes, a ativista Maria Lúcia do Nascimento, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, havia sido assassinada a tiros em um assentamento na Gleba Macaco, em União do Sul. Para a Comissão Pastoral da Terra, o MST e as demais entidades, as três mortes são execuções de líderes da luta pelo direito à terra e a situação atual é de barbárie social.
Sobre a morte do sargento e seu amigo, há poucas pistas sobre o caso. O filho do policial foi quem teria encontrado o corpo do pai e do amigo dele. Ele deve prestar depoimento, ainda esta semana, para repassar mais detalhes e tentar esclarecer o caso. Até o momento, não se sabe como ocorreu o crime.
O sargento e o amigo teriam sido assassinados com tiros de espingarda calibre 12. Alguns cartuchos deste calibre foram encontrados na região onde os corpos foram encontrados. Eles estavam em um sítio e saíram para averiguar uma possível queimada e como estavam demorando, o filho do PM foi atrás e os encontrou caído às margens de uma estrada e nas proximidades da moto do sargento.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal do município e depois liberados para velório e sepultamento.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.