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Após morte de motorista de Uber no Rio, colegas circulam com fitas pretas

Motoristas sentem medo de trabalhar à noite. Carlos Eduardo foi abordado em rua da Tijuca e, apesar de não reagir, foi baleado no peito. Ele ainda caminhou cerca de 500 metros até o hospital.

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Henrique Coelho/G1)

A morte do motorista de Uber Carlos Eduardo Gonçalves, de 25 anos, depois de um assalto na rua Ibituruna, na Tijuca, Zona Norte do Rio, na madrugada desta segunda (6), deixou motoristas que dirigem pelo aplicativo assustados. Os colegas de Carlos planejam uma manifestação no enterro, que deve acontecer nesta terça-feira (7), mas, já nesta segunda, circulavam com fitas pretas em seus veículos, em sinal de luto.

"Não e só porque ele era Uber, é porque poderia ser qualquer um essa cidade. Poderia ser eu, você. Eu fui assaltado e hoje estou aqui para contar história. Ele infelizmente foi embora", disse Rubens Gonçalves, de 53 anos, que esteve no IML esperando a família chegar para ter acesso aos documentos de liberação do corpo.

"Eu não dirijo mais à noite. É mais uma vítima dessa violência na nossa cidade", acrescenta o motorista, que estava no Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta segunda para prestar ajuda aos familiares do colega morto.

Outro motorista, Lucas Peixoto, de 23 anos, relatou que foi assaltado uma vez e sofreu duas tentativas de assalto. Ele também não dirige mais à noite. "Saio as 6h de casa e volto às 14h. Não tem condição de eu trabalhar à noite", afirmou.

Carlos Eduardo morreu com um tiro no peito. Um motorista do Uber foi morto em um assalto na Tijuca, na Zona Norte do Rio, na madrugada desta segunda-feira (6). Carlos Henrique Gonçalves, de 25 anos, trabalhava como motorista de Uber e estava indo pegar um casal de passageiros. Quando ele chegou a Rua Ibituruna, foi abordado por homens armados, se assustou, desceu do carro para se render, mas foi atingido por um tiro no peito. Os criminosos fugiram e levaram o carro da vítima.

Carlos Henrique conseguiu ainda andar até o Hospital Israelita, na Rua Professor Gabizo, que fica a 500 metros do local onde foi atingido. Ele entrou andando na unidade de saúde, mas seu estado piorou e ele não resistiu aos ferimentos. Durante a madrugada, a família de Carlos Henrique esteve no Hospital Israelita. O caso foi encaminhado à Divisão de Homicídios (DH).

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