A briga que terminou com a morte de Luís Gustavo Oliveira da Silva, de 20 anos, na última sexta-feira, na Tijuca, foi motivada por ciúme. Segundo amigos do jovem contaram à Delegacia de Homicídios, eles conversavam com um grupo de mulheres na Praça Afonso Pena quando foram abordados de maneira ríspida pelos agressores. Uma das mulheres seria namorada de um deles. A discussão acabou virando uma briga generalizada. As facadas que vitimaram Luís Gustavo, entretanto, teriam sido dadas num momento posterior, quando a vítima e seus amigos estavam deixando o local, depois da briga.
O jovem foi atingido num ponto de ônibus próximo à praça, quando já estava a caminho de casa. Nesse momento, os agressores voltaram com facas procurando Luís Gustavo e seus amigos. Ao contrário dos amigos, o jovem, segundo relatos de testemunhas, não fugiu e ficou no local para tentar apartar a briga.
— Fomos para o local logo depois do crime. Pelo que contaram para nós, os agressores são moradores da Tijuca, de classe média. São conhecidos ali na praça. Esse crime não pode ficar impune — conta Karine Oliveira, irmã de Luís Gustavo.
Luís Gustavo é morador do Morro da Formiga e trabalhava como atendente de uma lanchonete. Ele foi recruta do Exército e pediu baixa do serviço militar há pouco tempo.
O jovem havia assistido ao jogo do Brasil no Alzirão, local tradicional onde torcedores se reúnem para assistir aos jogos da seleção durante a Copa do Mundo e fica a cerca de um quilômetro do local do crime. Após o evento acabar, Luís Gustavo foi com os amigos para a Praça Afonso Pena comemorar o resultado. A briga começou por volta das 20h.
Luís Gustavo era torcedor do Flamengo e um grande fã de futebol. Suas últimas postagens no Twitter foram todas sobre jogos da Copa. Ele deixou um filho de dois anos.
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