Publicado em 07/05/2025 às 10:30, Atualizado em 07/05/2025 às 14:33

Classificação internacional de PCC e CV como terroristas pode avançar mesmo sem apoio do governo brasileiro

Reconhecimento externo dessas facções como organizações terroristas permite ações globais de combate, bloqueio de recursos e prisão de membros, independentemente da posição do Brasil.

Redação ,
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Imagem IA

Mesmo sem o reconhecimento oficial por parte do governo brasileiro, as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) já são alvo de atenção crescente por parte da comunidade internacional. A atuação dessas organizações transnacionais — envolvidas com tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro — ultrapassou fronteiras e passou a ameaçar a segurança de outros países da América Latina, Europa e Estados Unidos.

Por isso, cresce o movimento para que sejam classificadas como organizações terroristas em âmbito internacional, o que representa uma mudança significativa no enfrentamento a esses grupos. A designação internacional independe do aval do Brasil e pode ser feita por governos estrangeiros, como já ocorre com outras entidades criminosas globais.

Essa classificação traz vantagens estratégicas:

Permite bloqueio de bens e recursos financeiros no exterior, inclusive por bancos e instituições internacionais;

Facilita a prisão de membros e aliados fora do Brasil, com base em tratados antiterrorismo;

Autoriza ações conjuntas de inteligência e segurança internacional, ampliando a vigilância sobre rotas ilegais e redes de apoio;

Isola diplomaticamente países e agentes que venham a colaborar com as facções.

Além disso, ao entrar na lista de organizações terroristas, PCC e CV se tornam alvos prioritários de países como os Estados Unidos, que podem aplicar sanções, coordenar investigações e executar operações de repressão internacional. Isso pressiona o crime organizado no Brasil mesmo sem ação direta do governo federal.

A ausência de uma política nacional clara nesse sentido não impede que a comunidade internacional avance com medidas próprias, reforçando o combate global ao crime transnacional.