Publicado em 02/04/2015 às 14:17, Atualizado em 26/10/2016 às 11:40
Investigadores conseguiram acessar o histórico de buscas na internet até 23 de março em tablet do copiloto
Em um tablet apreendido durante uma operação em uma das residências do copiloto Andreas Lubitz, os investigadores conseguiram acessar o histórico de buscas na internet até 23 de março, que mostram que ele se informou sobre maneiras de cometer suicídio, assim como sobre portas de cabine de comando e suas medidas de segurança, afirma um comunicado da promotoria de Dusseldorf, responsável pela parte alemã da investigação.
Também nesta quinta-feira, o jornal alemão Bild publicou que Lubitz teria supostamente mentido para médicos, dizendo que ele estava em período de licença médica, e não pilotando voos comerciais.
A revelação ocorre quando a Alemanha monta um força-tarefa para absorver as lições de segurança tiradas do acidente que matou 150 pessoas na semana passada. Citando fontes próximas à investigação, o jornal Bild disse que Andreas Lubitz, de 27 anos, havia procurado ajuda médica para tentar curar um problema na vista.
Embora Lubitz tenha falado aos médicos sobre o seu trabalho como piloto, e em alguns casos sobre o seu empregador, a Germanwings, ele de forma deliberada escondeu que estava em atividade.
Assim, se Lubitz tivesse dito aos médicos que ainda voava, eles poderiam se sentir no dever de quebrar a relação de confidencialidade com o paciente e informar aos empregadores porque ele poderia representar um perigo para outras pessoas.
O jornal Bild afirmou que os documentos disponíveis para os investigadores revelaram que Lubitz dissera ter sido vítima de um acidente de carro no fim de 2014 e reclamara do resultante trauma e problemas de vista.
Os motivos de Lubitz para trancar o capitão do lado de fora da cabine do A320 e aparentemente, de forma deliberada, conduzir o avião em direção a uma montanha são ainda um mistério.